Ele deixou saudades entre a torcida rubro-negra, está bem longe de Curitiba e só consegue acompanhar o Atlético pela internet ou através dos telefonemas dos amigos. Esse é o meia Jádson, que já superou os problemas iniciais de adaptação na Ucrânia e começa a se firmar no time do Shakhtar Donetsk. Mesmo de longe, ele está na torcida pelo Furacão e pelos colegas Fernandinho e Alan Bahia, parceiros desde os tempos de juvenil no PSTC.
"Eu tenho falado com o Fernandinho pela internet e ele falou que o Atlético está na final e está muito bem", revela Jádson. Segundo ele, é muito difícil acompanhar seu antigo clube de tão longe, principalmente por não poder nem ver os gols. "Quando eu entro na internet, costumo acessar o site do clube para ver o que está acontecendo, mas não tem nenhum canal brasileiro. Eu até pedi para eles instalarem uma tevê a cabo, mas só tem a Record", pondera.
De qualquer forma, ele não quer que o rubro-negro repita o que aconteceu no ano passado. "Acho que o time jogou bem, mas não teve sorte. Tomara que meus amigos Alan e Fernandinho estejam mais concentrados e não dêem mole para o Coritiba", pede. Na final de 2004, ele chegou a fazer um dos gols na segunda partida contra o alviverde, mas o rubro-negro acabou perdendo o título com o gol de empate de Tuta, marcado quase no fim da partida.
Na Ucrânia, Jádson já passou pelo pior. Depois de encarar um frio de -20ºC, a primavera em Donetsk já marca temperaturas mais razoáveis e parecidas com Curitiba. "Quando eu cheguei aqui estava nevando, mas agora já faz entre 10 e 15ºC", informa. No futebol, então, ele já começa a conquistar a torcida. "Eu fiz dois gols no final de semana passado, o time é líder e acho que, se continuar desse jeito, bem concentrados, vamos ser campeões", projeta. O Shakhtar tem três pontos de vantagem e um jogo a menos do que o Dínamo de Kiev, segundo colocado. A temporada na Ucrânia vai até junho e em Donetsk, Jádson atua ao lado dos brasileiros Ivan, Brandão e Matusalém.