O atleta Jadel Gregório venceu ontem o DN Galan, prova forte do calendário de Super Grand Prix da Associação Internacional de Federações de Atletismo (Iaaf), em Estocolmo, Suécia – a presença de sete campeões olímpicos marcou a qualidade da competição. Jadel fez 17,48 m no salto triplo para ficar com o ouro. Formou o pódio com o romeno Marian Oprea (17,44 m) e o ucraniano Vyktor Yastrebov (17,14 m).
O triplista tem fugido do favoritismo no Mundial de Helsinque, de 6 a 14 de agosto, para evitar a pressão por resultado. Mas ao vencer uma prova importante às vésperas do Mundial volta a ser apontado como candidato ao pódio do torneio mais importante do atletismo, após a Olimpíada.
Campeão olímpico e mundial, o sueco Christian Olsson está fora do caminho dos triplistas em Helsinque. Não saltou na temporada e não disputará o torneio, por contusão. Helsinque também guarda boas lembranças para o salto triplo do Brasil. Foi lá que Adhemar Ferreira da Silva ganhou o ouro olímpico, em 1952.
Jadel, 24 anos, 2,02 m e 100 kg, ainda está sem técnico depois de romper com Nélio Moura, após a Olimpíada, no ano passado, e com Aristides Junqueira, o Tide, pouco antes do Troféu Brasil, em junho. "Tem treinado sozinho, filma e corrige os erros vendo as fitas. Não é o ideal, mas após ter deixado o Nélio e o Tide, vem sendo uma boa solução", avaliou Sérgio Coutinho Nogueira, diretor da BM&F Atletismo, equipe de Jadel. Sua mulher, a fisioterapeuta Samara, filma os treinos.
O triplista brasileiro tem cinco das dez melhores marcas do ano no mundo – seu melhor salto foi de 17,73 m. O romeno Oprea lidera o ranking com um salto de 17,81m.
Jadel é um dos 32 atletas inscritos pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) na delegação que vai ao Mundial de Helsinque e a maioria dos atletas embarca hoje. Outro destaque da delegação, o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, segue depois para a Finlândia – sua prova será apenas no dia 13.
