Jackson, com Willians, admite que tem sorte contra o Atlético-MG. |
O número da camisa vestida pelo meia Jackson é a nota que o técnico Paulo Afonso Bonamigo dá a ele: dez. O treinador classificou a disposição tática do atleta como fundamental para o progresso da equipe e espera que o bom desempenho seja repetido amanhã, contra o Atlético Mineiro, em Belo Horizonte. “Ele tem sido essencial para dar movimentação ao meio-de-campo, uma vez que se movimenta com facilidade de uma lado para o outro”, resumiu o comandante.
De fato, desde a chegada do experiente jogador, a qualidade na criação das jogadas alviverdes aumentou. Mais que isso, com o trabalho específico de Jackson, a ansiedade dos volantes em tentar resolver o jogo também diminuiu. “Fico feliz que eu tenha encaixado bem no time. O melhor de tudo é que o treinador me deu toda a liberdade para me movimentar no campo, respeitando minha característica”, disse o meia. Além da liberdade dada por Bonamigo, Jackson também credita ao entrosamento a sua evolução dentro do time alviverde. “Com a seqüência de jogos, vamos nos entendendo cada vez melhor.Como fui muito bem recebido por todos, fica ainda mais fácil”, diz, referindo-se à ausência de vaidades dentro do grupo alviverde.
Solícito e disciplinado, Jackson garante que nem mesmo quando o técnico Bonamigo modifica o esquema tático do 4-4-2 para o 3-5-3, ele sente dificuldades.
Galo freguês
O reencontro com o sucesso faz Jackson transpirar tranquilidade quando o assunto é Atlético Mineiro. “Cedo ou tarde, íamos ter de enfrentá-los. Melhor que seja após uma vitória tão almejada, que encheu de ânimo todo o grupo. A alegria será uma aliada para a partida”, diz.
Outro aspecto que faz Jackson não transformar o Galo Mineiro em “bicho papão” é o bom retrospecto que tem em jogos contra o alvinegro. Em pouco mais de dois anos vestindo a camisa do Cruzeiro, o meia teve oportunidade de enfrentar o Atlético Mineiro sete vezes. E garante que venceu cinco jogos. “Tenho sorte contra o Galo. De todos os clássicos que disputei, só perdi um. Espero continuar com o saldo positivo”.
Bonamigo chuta rótulo de retranqueiro pra longe
A melhor defesa é o ataque. Pode até soar estranho para os críticos, mas a máxima do futebol é a tradução do técnico Paulo Bonamigo para a postura do Coritiba na partida contra o Atlético Mineiro, amanhã, às 16 horas, no Mineirão. Dando um “chega pra lá” naqueles que o rotulam de retranqueiro, o treinador quer o Coritiba jogando para cima do adversário.
“Pela nossa situação na tabela, não temos outra escolha. Temos que recuperar o tempo perdido, mesmo que seja contra um adversário forte como o Atlético Mineiro”, justificou Bonamigo. No entanto, mesmo consciente da necessidade de trazer três pontos de Belo Horizonte não significa que as investidas serão desordenadas. Nos treinos rezliados durante a semana, Bonamigo fez questão dar uma atenção especial ao sistema de marcação. Aliás, é justamente devido ao desejo de ter um time de pegada que o treinador optou por manter Lima no ataque, mesmo que Edu Sales esteja liberado após cumprir suspensão pelo terceiro cartão amarelo. “Como o Lima sabe fazer a função de meia, quando estivermos sendo atacados ele será fundamental na marcação.
Por falar em marcação, Bonamigo deixou claro que a atenção ao forte ataque mineiro terá que ser uma constante, pois qualquer vacilo pode ser traduzido em gol. “Quando o Atlético estiver no ataque, quero uma marcação especial no Guilherme e no Alessandro, pois são destaques individuais que podem resolver o jogo”. A idéia de Bonamigo é deixar o Alviverde com uma postura compacta, sem divisão de linhas de marcação ou buracos entre defesa, meio e ataque.
Com o sinal positivo do experiente Edinho Baiano, Bonamigo comemorou o aumento da segurança de sua defesa. “Ganhamos na experiência e na tranqüilidade, que certamente vai contagiar todo o grupo”. Quanto a ansiedade do ataque, o treinador espera que a consuita da primeira vitória sirva como calmante para alinha ofensiva do Coxa. “Mais do que treinar finalizações, essa tranquilidade é fundamental. Ganhamos um pouco disso com a frieza do Marco Brito e muito com a primeira vitória na competição, que tirou um peso enorme de nossas costas”.