Jackson e Rodrigo voltam |
"Eles chegaram para suprir uma lacuna que não é de agora, mas vem desde o ano passado." O presidente Giovani Gionédis deixou claro que Rodrigo Batatinha e Jackson têm uma grande responsabilidade a partir de agora.
Os "novos" reforços, que retornam ao clube, fecham o grupo de armadores do Coritiba – e, pela primeira vez em três anos, o elenco tem mais de três jogadores nesta função.
Agora eles são quatro – além dos recém-chegados, Marquinhos e Luís Carlos Capixaba. Ano passado, o Coritiba ficou restrito a Capixaba (Rodrigo deixou o clube em maio), e em 2003 apenas Jackson (e Tcheco, que é volante de origem) era meia-armador no grupo alviverde. "Sem dúvida nenhuma, foi este o nosso calcanhar-de-aquiles nas últimas competições", reconhece Gionédis.
Ambos perceberam que foram contratados para mostrar serviço logo. "Isto é bom para o Coritiba. Além de ter jogadores de qualidade para a função, todos têm a obrigação de jogar bem. Eu espero ganhar oportunidades e seqüência de jogos", avisa Rodrigo. "Esta responsabilidade não será só minha, mas também de todos os outros jogadores do Coxa. O grupo, pelo que estou acompanhando, está bem consciente disso", completa Jackson.
Mesmo cientes da pressão, os dois pareciam mais contentes com o fato de voltarem para o Alto da Glória. "Quando eu saí, tive convites para ficar, e no meio do ano passado eu também recebi uma proposta do presidente. Queria ter voltado antes, mas precisava me recuperar de uma contusão antes de assinar contrato. Não iria vir para cá sem a condição necessária para jogar", diz Jackson, que espera estar pronto já na próxima semana. "Preciso de alguns treinos físicos, mas no geral estou bem."
Já Batatinha, que acredita precisar de dez dias para ficar "inteiro", não esconde que o ambiente do Coxa o fez voltar. "Eu conheço todos, desde a diretoria até os jogadores, passando pela comissão técnica. Além disso, o convívio que tivemos aqui me fez ter mais vontade de retornar", comenta o jogador, que teve uma passagem frustrada pelo México. "Tinha contrato até maio, mas o clube (Lobos Buap) começou a não cumprir o que tinha prometido", conta.
Jackson, na passagem pelos Emirados Árabes, teve que se adaptar ao estilo de vida local. "Eles treinam muito pouco e só de noite. Precisei mudar o meu jeito para conseguir jogar. E agora me readaptei ao estilo brasileiro", confessa o armador, satisfeito – assim como Rodrigo – em voltar. "Eu disse ao presidente que tinha uma dívida com o Coritiba. Agora eu vim pagá-la", garante o armador. "Temos tudo para ter um ótimo ano", finaliza Batatinha.
Pinheirão pode virar a "casa" coxa
Ficou para maio. As obras de reconstrução do gramado do Couto Pereira foram afetadas pela chuva, e a reabertura do estádio foi adiada. Como o Alto da Glória não poderá ser mais usado no campeonato paranaense, o presidente Giovani Gionédis reúne a diretoria após o Carnaval para definir onde o Coritiba vai jogar as fases finais da competição – a escolha será entre o Pinheirão e o Willie Davids.
O paranaense termina em 17 de abril, e nesta data, segundo Gionédis, o gramado do Couto não estará pronto. "As obras atrasaram por causa do clima, e a previsão agora é de reabertura em maio. Assim, só vamos usar o Couto Pereira no brasileiro", comenta o presidente coxa. Em uma hipótese otimista, o estádio estaria à disposição para o dia 1.º de maio, no jogo contra o Santos, na segunda rodada do campeonato nacional. Mas especula-se que o Alto da Glória só poderia ser usado na sexta rodada, em 29/5, na partida frente o Juventude.
Por isso, agora a diretoria tem que refazer seus planos. Como a reforma tinha término previsto para o final de março, o Coxa já se programava para jogar as fases decisivas do paranaense em casa. "Com o atraso, precisamos definir um novo local para estas partidas", confirma Gionédis. "Nós vamos avaliar vários pontos antes de decidir. Precisamos ver o estado do gramado, as condições de deslocamento, várias coisas", explica.
Se depender da visão técnica, o Willie Davids continuará sendo a "casa" do Coxa na reta final do estadual. Mas a possibilidade de contar com mais apoio da torcida pode fazer a direção mudar de idéia. "Há chances de jogar em Curitiba", confirma o presidente, que está empolgado com a reforma do Couto. "Precisaremos fazer algumas adaptações, como a recuperação do acesso aos vestiários. Mas a demora não vai atrapalhar, e quando o Alto da Glória estiver pronto vamos ter um estádio mais moderno e um gramado que parecerá um campo de golfe", promete.
Sem TV, jogo volta para 16h
A TV mais uma vez está mexendo na tabela do Campeonato Paranaense. E desta vez é de forma indireta. Como a Paraná Educativa não vai transmitir o jogo entre Coritiba e União Bandeirante, no sábado, a diretoria do Coritiba pediu a antecipação do horário da partida. E com a anuência do adversário e da Federação Paranaense de Futebol, o jogo de amanhã passou das 19h para as 16h.
Segundo o diretor de futebol da FPF, Almir Zanchi, o Coxa entendeu que teria maior público no Willie Davids com a partida acontecendo em um horário "normal" – o jogo aconteceria às 19h a pedido da TV, que não precisaria mexer na sua grade de programação. "Como não haverá a transmissão, o Coritiba tomou a posição de pedir a antecipação da partida", conta o dirigente.
Sem a TV (que teve problemas técnicos para viabilizar a transmissão), facilitou-se a mudança de horário, que permitiria aos jogadores dos dois times ganharem tempo de folga, ainda mais para a delegação coxa, que teria condição de retornar antes para Curitiba. "É melhor para todo mundo", resume o coordenador técnico do Cori, Sérgio Ramirez.