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Já com a cara de Felipão, Palmeiras enfrenta Chapecoense na Arena Condá

O técnico Luiz Felipe Scolari não precisará do jogo do Palmeiras contra a Chapecoense, neste domingo, na Arena Condá, pelo Campeonato Brasileiro, às 19h, para ter motivos para comemorar o primeiro mês no cargo. Antes mesmo de completar a data, a ser alcançada na segunda, o treinador já celebra ter conseguido resultados e algumas transformações no clube.

Ao se apresentar na Academia de Futebol em 3 de agosto, o experiente treinador tinha a dura missão de corrigir o time sem ter tempo para treinar. “O Palmeiras precisa de mim como técnico, por isso fui contratado”, disse Felipão, na ocasião. Com dois jogos por semana e a responsabilidade de fazer o Palmeiras reagir logo, ele procurou fazer as correções com base na conversa.

O treinador buscou conhecer melhor cada um dos jogadores e se dedicou a casos específicos de quem vinha em baixa. Um dos mais notáveis foi Deyverson. O atacante era vaiado pela torcida, até se reerguer e marcar três gols depois de Felipão ter buscado nos treinos aperfeiçoar alguns fundamentos dele. “O Felipão chegou e falou com todos nós, tratou todo mundo igual, fosse titular ou reserva”, afirmou Deyverson.

Com Dudu e Lucas Lima o treinador teve o mesmo cuidado. Com o primeiro, Felipão havia trabalhado junto no Grêmio, em 2014, e trouxe ao Palmeiras a cumplicidade construída no clube gaúcho. Já com o meia, o técnico buscou dar confiança. “Ele é um paizão mesmo. Todo mundo tinha essa imagem de ele ser bravo, mas não é nada disso, é um cara muito divertido”, disse Lucas Lima.

A rotina de trabalho no clube mudou com Felipão. Em comum acordo entre o técnico e diretoria, os treinos passaram a ser todos fechados. O intuito foi manter a concentração do elenco e evitar a exposição excessiva dos jogadores.

O elenco gostou da principal proposta do treinador: a formação de dois times. Uma escalação principal entra em campo no meio de semana, principalmente por competições mata-mata, enquanto outra equipe joga no fim de semana, como deve ser o caso deste domingo, contra a Chapecoense.

“O Felipão dá oportunidade para todos jogarem. E todos estão se preparando muito bem. O grupo está motivado, porque todos sabem que devem ter chance. Psicologicamente, estamos bem”, avaliou o meia e capitão Bruno Henrique.

Em campo, os resultados vieram e respaldaram a chegada do treinador. O time conseguiu avançar às próximas fases da Copa do Brasil e da Copa Libertadores, ganhou posições no Campeonato Brasileiro e acumulou nove partidas sem tomar gol. A estabilidade da defesa é uma das características mais elogiadas internamente.

O trabalho de montagem da zaga tem a colaboração de um dos auxiliares, o ex-zagueiro Paulo Turra, o responsável por contribuir nessa tarefa. “O Felipão se atualizou muito. Os treinos dele não tem nada de diferente para a nova geração. As pessoas acham que ele é velho, mas não”, comentou o lateral Diogo Barbosa.

A torcida também reagiu bem. Nos jogos no Allianz Parque o treinador é um dos nomes mais aplaudidos na escalação e aparece até pintado em bandeiras trazidas pelo público. “Ele abraçou o grupo e foi abraçado pelos jogadores. Eu tinha o sentimento de que o Palmeiras precisava de unidade. Agora, conseguimos”, disse o presidente do clube, Maurício Galiotte.

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