J. Malucelli vence de virada e se aproxima dos líderes

O J. Malucelli levou um susto, mas conseguiu vencer ontem, de virada, por 3 a 1, o Engenheiro Beltrão, na abertura da 8.ª rodada do Estadual. A chuva do final da manhã, amenizou um pouco o forte calor, mas deixou o clima abafado no Xingu, em São José dos Pinhais, local do confronto que deixou o Jotinha mais tranqüilo na tabela, agora com 13 pontos ganhos. A equipe ainda aguarda o julgamento do empate – 1 a 1 – com o Adap Galo. O resultado da partida foi colocado sub judice pelo Tribunal de Justiça Desportiva – TJD do Paraná. Dependendo da decisão do tapetão, o Jotinha pode encostar ainda mais nos primeiros colocados.

Já o Engenheiro, que tentava embalar na competição, permanece com 8 pontos ganhos, e enroscou na turma debaixo da tabela.

O jogo – As duas equipes entraram em campo dispostas a brigar pela vitória. Mesmo na casa do adversário, o Engenheiro Beltrão conseguiu se estrutura melhor e, aos poucos, foi minando o J. Malucelli. O 1.º gol da partida, aos 27 minutos foi do Caçula do interior.

O zagueiro Negueti ajeitou para Douglas, que mandou um balaço e fez 1 a 0.

Na saída pro o intervalo, os jogadores do Jotinha parece que até já sabiam que seriam chacoalhados pelo treinador Ricardo Pinto. ?Precisamos melhorar a marcação, não deixar espaços e arriscar mais contra o gol deles?, disse o meia Éverton César.

No 2.º tempo, os jogadores do J. Malucelli voltaram mais ligados em campo e foram pro abafava contra o Engenheiro. A reação iniciou aos 10 minutos. Diogo cobrou um pênalti e empatou.

De tão atentos estavam em campo, que aos 14 Réfferson exagerou nas provocações e empurrões em cima de Marcelinho. O meia foi expulso e deixou o Jotinha com 10 jogadores em campo.

Mas o que parecia ser um problema, virou motivação a mais para a equipe de Ricardo Pinto. Aos 17? Alemão acertou uma bela cobrança de falta e colocou o Jotinha na frente: 2 a 1. Aos 20? Marquinhos fechou o placar, fazendo 3 a 1.

No final, o jogo ficou aberto para as duas equipes. Mas os dois goleiros – Luiz Gustavo, do Jotinha, e Alonso, do Engenheiro – foram mais eficientes e não deixaram os respectivos ataques funcionarem. Na próxima rodada o J. Malucelli recebe o Roma, no Xingu.

Já o Engenheiro pega, em casa, o Adap Galo.

Jotinha pede reinício do jogo ou a anulação da partida

Clewerson Bregenski

A justiça desportiva volta a ser o centro das atenções do Campeonato Paranaense. Desta vez, a briga envolve o J. Malucelli e o Adap Galo. O time de São José dos Pinhais pediu a impugnação da partida realizada em 31 de janeiro, quando os dois times empataram em 1 a 1. O Jotinha alega que o gol de empate da Adap foi irregular. O árbitro Edemar Paris teria desrespeitado a regra oito da International Board ao permitir o reinício da partida com os jogadores do Jotinha ainda no campo do adversário. Na saída de bola, o time de Maringá empatou. ?Houve violação da regra do jogo. Três jogadores do Malucelli estavam no campo da Adap. Outro jogador e o árbitro dentro do círculo central e o autor do gol do Adap estava, pelo menos, três metros dentro do campo do J. Malucelli?, explicou o advogado do Jotinha, José Francisco Cúnico Bach, utilizando imagens gravadas de televisão sobre o polêmico lance.

Diante das irregularidades constatadas no lance que, segundo o clube de São José dos Pinhais, podem ser comprovadas pelas imagens gravadas, o Jotinha pede para que seja declarada a nulidade do jogo e que a partida seja reiniciada a partir dos 28 minutos do 2.º tempo, após a marcação do seu gol. ?Deve-se repetir o tiro de reinício da partida com as equipes devidamente posicionadas?, afirmou Cúnico. Ele explicou que o seu pedido de impugnação está baseado no descumprimento das normas legais.

Erro de direito, diz advogado

Caso o TJD-PR não julgue procedente o reinício do jogo, o J.Malucelli pede como forma alternativa a anulação da partida e para que ela seja remarcada. Para José Francisco Cúnico Bach, advogado do Jotinha, o que aconteceu no polêmico lance foi um ?erro de direito?, que é o descumprimento da regra, uma afronta à norma existente. ?É bem diferente do ?erro de fato? – que não é a violação a regra, mas a má interpretação do fato (pelo árbitro)?, explicou o advogado. O erro de fato não gera direito à reclamação na Justiça.

O presidente em exercício do TJD, Lourival Barão Marques, concedeu uma liminar determinando que a FPF não homologue o resultado da partida envolvendo Adap e Jotinha. Segundo Barão, até o julgamento do processo, o resultado do jogo não terá efeito na classificação do campeonato. Hoje o Adap deverá apresentar a sua defesa.

O julgamento no TJD ainda não teve data definida, mas deverá acontecer na próxima semana. Conforme Cúnico, caso o Jotinha não consiga êxito nesse julgamento, recorrerá ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva.

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