O J. Malucelli ainda não desistiu de disputar o mata-mata do Campeonato Paranaense deste ano. De acordo com o presidente de honra e proprietário do clube, Joel Malucelli, o Jotinha estuda uma forma de anular o julgamento do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na última quinta-feira (6), que puniu o J. Malucelli com a perda de 16 pontos, cancelando o jogo de ida das quartas de final contra o Londrina (que acabou 3×2 para a equipe do Barigui) e, automaticamente, tirando o time da sequência do Estadual.
“Em primeiro lugar, estamos tentando de alguma forma deixar sem efeito o julgamento. Ainda insistimos em dizer que o regulamento da competição é muito claro quando diz que o jogador que voltar de empréstimo poderá ter sua situação regularizada arté a vespera da nona rodada. O Getterson foi regularizado na nona rodada. Além do mais, o nome do jogaodr nunca saiu do BID, já estava na BID. Esse é o motivo do inconformismo”, afirmou o dirigente, em entrevista à Tribuna.
A maior indignação do J. Malucelli é com a forma como houve o julgamento e como agiram os auditores, que para punir o clube por não ter cumprido um artigo do regulamento, acabaram passando por cima de outro – para não cancelar os outros confrontos das quartas de final, o STJD colocou o Rio Branco, oitavo colocado, para enfrentar o Londrina, quarto, não cumprindo o artigo oitavo, que diz que o primeiro deveria enfrentar o oitavo -.
“Dentro desse contexto de esculhambação, prepotência, são pessoas que decidem nossa vida aqui, um clube sério, uma empresa séria que sempre só fez o bem e uma canetada decide tudo. isso tudo nos desmotivou, até esse descumprimento, atropelaram tudo isso. Eles acham que vão salvar o mundo”, disparou Joel Malucelli.
Além disso, o presidente reclamou da participação de Paulo Schmitt no caso. o ex-procurador geral do STJD foi o advogado do Toledo no julgamento e o dirigente acredita que o fato de Schmitt ter amizade com os auditores influenciou no resultado final.
“O advogado do Toledo, exercendo suas amizades por ja ter pertencido ao STJD, teve influência no resultado. Como ele já atuou lá, ele foi para o Rio de Janeiro três dias antes e os auditores já vieram para o julgamento para fechar um golpe contra o Jota. Houve um teatro no julgamento. Não é uma opinião só minha, mas também do deputado Evandro Roman, que estava lá. Ele deveria ser impedido, porque não é possível uma pessoa que viveu lá por tanto tempo estar advogando usando as amizades. O próprio Paulo Schmitt absolveu o Corinthians em 2014, no caso do Petros, em uma situação que se assemelha muito à nossa. Ele nunca fez nenhum bem”, afirmou o dirigente.
Fim do futebol
Em meio a uma tentativa de voltar ao campeonato e anular a decisão do STJD, o Jotinha não descarta recorrer à Justiça Comum. “Eu te confesso que tem gente trabalhando em Brasília, eu já recebi uma sinalização de abrir uma CPI contra o STJD aproveitando o caso. Deve ter tido outros casos parecidos. Há esse movimento para tomar uma decisão, até para aproveitar o que está acontecendo com a CBDA (Confederação Brasileira de Desportes Aquáticos), que teve o presidente preso. Parece que é um momento de uma instalação de CPI”, explicou Joel Malucelli.
Porém, qualquer decisão fora da esfera desportiva é proibida no futebol. Uma situação que não faz o clube temer uma possível punição, pois, caso não reverta a decisão, cogita até encerrar as atividades no futebol, uma vez que com a punição o J. Malucelli está fora da Copa do Brasil do ano que vem. Nem mesmo o fato de disputar a Série D este ano, com uma chance de subir para a Série C em 2019 e ter um calendário maior na próxima temporada muda o pensamento da diretoria.
“Provavelmente sim (fechar as portas). Nosso grande objetivo era a Copa do Brasil, que era uma copa mais interessante de disputar. A partir do momento da decisão, não temos mais o direito de jogar, então isso nos desmotivou”, cravou o presidente, que ainda não sabe se o Jota está rebaixado no Paranaense ou se apenas perdeu os pontos e ficou fora do mata-mata.