Hamburgo – Duas equipes que chegaram à Alemanha com status de candidatas ao título se enfrentam hoje em Hamburgo pela sobrevivência na Copa.
Itália e República Checa podem avançar juntas para as oitavas-de-final – se o jogo terminar empatado e Gana não ganhar dos Estados Unidos ou os norte-americanos não golearem os africanos.
Mas o mais provável é que apenas uma saia viva da partida que começa às 11h e poderá apontar o próximo adversário do Brasil.
A tensão que envolve a partida mexeu com o humor do técnico italiano Marcello Lippi. Na coletiva de ontem, após o treino, pela primeira vez ele mostrou-se irritado com certas perguntas.
E também pela primeira vez encerrou por conta própria a entrevista, fazendo sinal para o assessor de imprensa de que queria ir embora.
Ele sabe que seria um desastre para a sua carreira – e também para a da maioria dos jogadores – ter que voltar agora para casa num momento em que a credibilidade do futebol italiano está em xeque por causa do escândalo que ameaça levar gigantes como Juventus e Milan para a Série B, a participação da Azzurra no Mundial é vista como uma chance de recuperar essa imagem. Se o time cair, ficará a sensação de que não sobrou nada de bom no ?calcio?.
Ele carrega um dilema para escalar: ser fiel ao estilo mais ofensivo que trabalhou para implantar na seleção nos últimos dois anos ou render-se à sugestão do capitão Cannavaro e o volante Gattuso para montar um time mais cauteloso? Se resolver mudar, deverá sacar Toni e colocar Camoranesi, avançando Totti para jogar com Gilardino.
O time tem duas mudanças confirmadas: Gattuso no lugar de De Rossi (suspenso) e a volta de Grosso à lateral-esquerda, com Zambrotta na direita em lugar de Zaccardo.
A República Checa não terá o zagueiro Ujfalusi e o atacante Lokvenc (suspensos) nem o atacante Koller, que se machucou na estréia contra os EUA e desde então não treinou com bola. Ontem, correu de leve em volta do campo. A novidade poderá ser a volta do atacante Milan Baros. Ele fará um teste para saber se poderá jogar.