Italiano é paralisado. Justiça proíbe divulgação da tabela

Roma – O futebol na Itália virou bagunça. A dez dias do início da temporada 2005-06, vários clubes travam batalhas, tanto na Justiça Comum como na Esportiva, para garantirem direito de participar das divisões a que julgam ter direito. O imbróglio cresceu tanto que um juiz de Gênova determinou, ontem, que nenhuma tabela seja divulgada até o dia 16, data marcada para audiência em que se tentará conciliar os interesses em conflito.

O tempo anda quente desde que, no início de julho, a Federação Italiana de Futebol (FIGC) puniu alguns times com rebaixamento, por conta de arranjos de resultados ou por irregularidades financeiras. Um dos atingidos foi o Genoa, campeão da Série B e, teoricamente, com vaga assegurada na elite nacional. Investigações feitas pelo Ministério Público revelaram que os genoveses contaram com ajuda do Venezia, na última rodada de 2004-05, para ganhar por 3 a 2 e assim ficar em 1.º lugar.

A Comissão de Disciplina acolheu a denúncia e decidiu rebaixar o Genoa para a Série C1 (Terceira Divisão). O clube protestou, não conseguiu anular a sentença e recorreu à Justiça Comum. Por enquanto se deu bem. O juiz Alvaro Vigotti, do tribunal civil de Gênova, mandou que seja suspensa a divulgação das tabelas das três divisões principais, até que se encontre solução. Ele convocou para dia 16 encontro entre dirigentes da equipe e Franco Carraro, presidente da FIGC.

Enquanto os cartolas do Genoa trabalham nos bastidores, a torcida sai às ruas. Centenas de tifosi mostraram ontem sua revolta com passeatas e confrontos com a polícia. Bombas de fabricação caseira provocaram incêndios em vários pontos de Gênova; lojas e automóveis também foram atingidos.

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