A Itália empatou com a Croácia por 1 a 1 pela segunda rodada do Grupo C da Euro, em Poznan, na Polônia, hoje. Com o resultado, a seleção croata manteve a primeira colocação da chave, com quatro pontos. A Itália é a segunda, com dois, mas pode ser ultrapassada por Espanha ou Irlanda (que jogam ainda hoje), e entrar na rodada final em situação delicada.
As duas seleções voltam a campo no próximo dia 18, pela última rodada de classificação da Euro. Para se classificar, os italianos terão que derrotar a Irlanda, enquanto a Croácia vai buscar a classificação contra a Espanha, atual campeã europeia e mundial.
O jogo
A Itália entrou em campo para mostrar que o bom futebol da estreia, quando empatou com a Espanha em 1 a 1 e anulou o futebol de toque de bola espanhol, veio para ficar. Mas agora o time de Cesare Prandelli teria de provar que também sabe atacar.
O treinador manteve a mesma equipe da estreia, com De Rossi improvisado na zaga, função que ele cumpriu perfeitamente contra a Espanha. No ataque, o treinador deu mais uma chance para a dupla Cassano-Balotelli, apesar de o último ter perdido gol feito ante a Espanha. E o seu substituto, Antonio Di Natale, ter marcado o tento da Azzurra.
Com três pontos oriundos da vitória sobre a Irlanda por 3 a 1, a Croácia começou a partida como líder da chave e buscando a classificação antecipada. O técnico Slaven Bilic manteve a mesma equipe que triunfou no último domingo. Destaque para Mandzukic, autor de dois gols.
Responsável por ditar o ritmo da equipe, Luka Modric sofreu uma marcação implacável de Marchisio, e pouco apareceu. A Itália foi a segunda seleção nas eliminatórias a ter mais posse de bola, só perdeu para a Espanha. E o começo do jogo com a Croácia mostrou muita efetividade. Marchisio e Pirlo, muito bem, com uma pegada muito forte, engoliam o meio de campo croata. E pressionavam o gol de Pletikosa, que fez boa defesa em chute de Balotelli e ainda viu uma bola chutada por Marchisio sair raspando o seu ângulo. A Croácia sofria porque sua marcação era fraca e falha.
Com isso a Azzurra dominou inteiramente a partida. Na metade da primeira etapa, a Croácia equilibrou as ações, mas sem profundidade, não ameaçou o gol de Buffon.
Pletikosa fez duas ótimas defesas cara a cara com Marchisio, depois que o volante invadiu a área, driblou Srna e chutou. Pletikosa defendeu, deu rebote e caído, parou novo arremate do camisa 8 italiano.
Mas pouco depois a Itália tiraria o zero do placar. Andrea Pirlo, depois de ser colocado de lado e dado como acabado pelo Milan, seu ex-clube, se reinventou e comandou a Juventus ao título italiano da temporada. E faz o mesmo com a seleção aos 33 anos. Foi dele a cobrança de falta perfeita que morreu no fundo das redes de Pletikosa aos 39min.
As estatísticas da Uefa mostraram a supremacia italiana no primeiro tempo. 56% de posse de bola e 11 arremates no gol, contra apenas três da Croácia.
Isso mudou com o apetite de Modric. Com três minutos da etapa final, o camisa 10 croata arriscou dois chutes de fora da área, um nas mãos de Buffon, outro por cima do gol italiano.
A Itália se acomodou na etapa final. Na tentativa de administrar a vantagem, se retraiu no campo de defesa, dando espaços e sem conseguir encaixar os contra-ataques.
Só que os croatas abusavam das bolas altas para chegar até a meta adversária. Mas foi assim que aos 26min o empate saiu. Previsível. A zaga italiana falhou, Chiellini subiu e não achou nada. Mandzukic, nas suas costas, teve tempo para dominar e bater para empatar. Seu terceiro gol na competição, artilheiro ao lado de Mário Gomez, da Alemanha, e Alan Dzagoev, da Rússia.
O que a Itália tinha de destaque no primeiro tempo, a forte pegada no meio de campo, se perdeu. E com isso, após o gol, a Croácia cresceu demais e foi em busca da virada. Prandelli repetiu as alterações do jogo com a Espanha e trocou sua dupla de ataque. Saíram Cassano e Balotelli e entraram Di Natale e Giovinco. Mas as mudanças não surtiram efeito e o placar se manteve inalterado.
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