Não foi apenas o vôlei brasileiro que ficou estarrecido com a morte de Bebeto de Freitas. Um dos maiores nomes do esporte no País, o ex-treinador também construiu uma carreira sólida no vôlei italiano. Ele teve excelente passagem pelo tradicional Maxicono Parma, entre os anos de 1990 e 1995.
Pela equipe, Bebeto de Freitas conquistou cinco títulos de expressão (Campeonato Italiano 1991-1992 e 1992-1993, Copa Itália 1991-1992 e Copa CEV 1991-1992 e 1994-1995). O treinador desempenhou papel semelhante ao feito no Brasil na década anterior e ajudou na revelação de craques da chamada “generazione di fenomeni” – a geração de fenômenos, que teve Andrea Zorzi, Marco Bracci, Pasquale Gravina e Andrea Giani
Seu trabalho na equipe de Parma lhe renderam o convite para assumir a seleção italiana, onde ficou durante dois anos, em 1997 e 1998 – ele foi campeão da Liga Mundial de Voleibol em 1997, em Moscou, e campeão mundial em 1998, na final disputada com a Iugoslávia em Tóquio, Japão (Itália 3 sets a 0). No total, ele comandou a Itália em 71 jogos, com 52 vitórias e 19 derrotas, com um aproveitamento de 73%.
Em sua conta no Instagram, Andrea Giani, tricampeão mundial com a Itália e atualmente treinador, postou uma foto de Bebeto com a camisa da Itália e deixou uma curta mensagem: “Bebeto, você marcou a minha carreira”.
A Federação Italiana de Vôlei também se manifestou. Em nota oficial divulgada enviada ao Estado na tarde desta terça-feira e publicada em seu site, a entidade lamentou a morte do ícone do vôlei e prestou suas condolências à família de Bebeto de Freitas.
“Uma notícia repentina sacudiu todo o mundo do voleibol italiano e internacional. Faleceu, hoje, aos 68 anos, em Belo Horizonte, o ex-treinador italiano Paulo Roberto de Freitas, mais conhecido como Bebeto. Um luto inesperado que priva o mundo de uma figura que marcou a história do esporte, entre os anos 80 e 90”, registrou a entidade, no comunicado.