A Itália que gosta de ficar com a bola terá pela frente o Japão que adora correr, nesta quarta-feira, às 19 horas, na Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata (região metropolitana do Recife), em um jogo que pode garantir a presença da seleção europeia nas semifinais (desde que vença e o México não ganhe do Brasil, em Fortaleza) e sacramentar a eliminação do representante asiático.

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Na cartilha do técnico Cesare Prandelli, as atuações dizem mais do que os resultados. E o bom rendimento que sua equipe teve no último domingo na vitória por 2 a 1 sobre o México lhe disse que acertou em cheio ao mudar o esquema tático (tirou um atacante e colocou um quinto meio-campista). O time ficou mais equilibrado, permitiu poucos contragolpes e controlou a posse de bola do primeiro ao último minuto – o que foi um alívio para uma equipe que chegou ao Brasil sem a condição física ideal e que sofreria muito se tivesse de correr atrás da bola.

O ponto a melhorar, segundo o treinador, é a finalização. Ele acha que seu time precisa aproveitar melhor as chances que cria para liquidar o adversário e não correr riscos de levar um gol fatal nos minutos finais. “Tivemos a iniciativa de jogo contra o México e buscamos o gol sempre, mas podíamos ter finalizado melhor. Contra o Japão espero um avanço nesse fundamento”.

Para manter o time funcionando coletivamente com a intensidade mostrada no Maracanã, Prandelli estuda fazer mudanças na escalação. Ele disse na coletiva desta terça que pode trocar até quatro jogadores, mas o mais provável é que mude apenas dois. Maggio deve entrar na lateral direita em lugar de Abate e Aquilani no meio na vaga de Marchisio. Existe ainda a possibilidade de Bonucci substituir Barzagli no miolo de zaga, mas é pouco provável.

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Pode haver novas peças, mas o sistema de jogo vai ser o mesmo que abateu o México: saída da defesa com a bola no chão e troca de passes à espera de uma brecha para o toque nas costas da última linha de defesa.

O Japão vai para o tudo ou nada depois de ter perdido por 3 a 0 para o Brasil na estreia – resultado que complica muito sua vida por ter o pior saldo de gols da chave. Sua missão será muito difícil porque terá de tentar chegar ao gol nos contra-ataques ou em um erro individual de um italiano – como o que Barzagli cometeu no último domingo. E a Itália de Prandelli é treinada para correr poucos riscos.

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Em uma tentativa de encontrar um homem capaz de fazer gols – um problema recorrente na seleção japonesa -, o técnico italiano Alberto Zaccheroni vai trocar o centroavante: sai Kiyotake e entra Maeda, sete anos mais experiente (31 a 24) e 11 centímetros mais alto do que o companheiro (1,83m contra 1,72m). Com um atacante mais rodado e mais forte, o treinador sonha em derrubar o paredão chamado Buffon.