Como o jogo de sexta-feira contra a Costa Rica acontecerá às 13 horas no Recife, a seleção italiana já começa a fazer uma adaptação ao horário, para que os jogadores não sofram durante a disputa da segunda rodada da Copa do Mundo.
A rotina dos jogadores foi alterada por causa do horário do treino (as atividades vinham sendo feitas às 9h30 ou 10 horas no período da manhã e às 16h30 à tarde). Nesta quarta-feira, por volta das 9h30 em Mangaratiba (RJ), no lugar do tradicional café da manhã, eles fizeram uma refeição como se fosse o almoço de dias de jogo, com direito a massa. E o almoço para valer seria depois do treino – e no Recife, depois da partida.
Às 12h45, começou a roda de bobinho que eles sempre fazem atrás das placas de publicidade antes de entrar em campo. Nesse momento, a temperatura era de 26 graus, com céu parcialmente encoberto que escondia o sol em alguns momentos e uma brisa que também ajudava a refrescar – depois, o tempo fechou e ficou em 24 graus. No Recife, no mesmo horário, o termômetro mostrava 28 graus e o céu estava limpo. Mas na quinta e na sexta pode haver pancadas de chuva, o que seria bom para a Itália.
O temor com as condições climáticas é constante na delegação italiana. Foi assim antes do jogo em Manaus contra a Inglaterra (e depois houve uma chiadeira geral pelo fato de não ter havido paradas técnicas para os jogadores poderem se hidratar). E está sendo assim para o jogo no Recife, principalmente por causa do horário.
Os jogadores que estiveram na Copa das Confederações no ano passado ainda se lembram muito bem – e sem nenhuma saudade – do sufoco que passaram no jogo contra o Japão na Arena Pernambuco, vencido de virada por 4 a 3. “Ano passado quase morremos lá, e a partida foi disputada à noite. Agora vamos jogar às 13 horas, é assustador”, disse o volante De Rossi na terça-feira. A combinação de alta temperatura com elevada taxa de umidade é o que assusta os italianos.
A delegação italiana está fazendo pressão para que sexta-feira o jogo seja paralisado uma vez em cada tempo para os jogadores beberem água. Todos os que falam com os jornalistas – sejam jogadores, o técnico Cesare Prandelli, o médico Enrico Castellacci ou o presidente da Federação Italiana de Futebol, Giancarlo Abete – dizem que a adoção dessa medida é uma questão de bom senso. Outro consenso entre os italianos é que o horário da partida é mais prejudicial a eles do que aos costarriquenhos, que estão mais habituados a um clima quente e úmido como o do Recife.