O Mundial de Moscou, em agosto, vai marcar o fim da carreira de Yelena Isinbayeva, um dos maiores nomes do atletismo feminino neste século. A russa anunciou nesta terça-feira, à imprensa do seu país, que decidiu se aposentar logo depois de disputar, em casa, o último Mundial da sua vitoriosa história.

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“Minha carreira vai terminar 100% no Mundial. Para mim será um momento nostálgico, e eu quero aproveitar essa chance e vou tentar mostrar o melhor que eu posso fazer”, disse Ysinbayeva, que já havia deixado no ar a possibilidade de se aposentar ainda este ano, com 31 anos.

Nesta terça, ela revelou que já conversou com outras saltadoras da equipe russa sobre a decisão. “Elas disseram: ‘mas o que aconteceu? Você disse quer iria até (os Jogos do) Rio!’. E eu disse: ‘não. Eu serei 10 anos mais velha que qualquer outra, então vocês mesmas têm que fazer isso. Continuem meu trabalho'”, contou Isinbayeva.

Poucas atletas no mundo têm tantas medalhas de ouro quanto a russa que colocou o salto com vara num outro patamar, fazendo da modalidade uma das mais importantes dentro do atletismo. Antes dela, o recorde mundial era 4,81m. Atualmente, está em 5,06m. Neste período, ela melhorou a marca nada menos do que 17 vezes. Os 11 melhores saltos da história são dela – também 17 dos 19 melhores.

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Isinbayeva conquistou o ouro olímpico em Atenas/2004 e Pequim/2008, terminando apenas com o bronze em Londres/2012. Apesar do amplo domínio na modalidade, ela não conseguiu o título nos dois últimos Mundiais e vai buscar o tri em casa. Em Mundiais Indoor a russa tem quatro conquistas.

Entre as diversas honrarias, Isinbayeva ganhou o título o prêmio Príncipe das Astúrias de 2009 como principal esportista daquele ano. O Laurens, considerado o ‘Oscar do Esporte’ ela venceu duas vezes: em 2007 e 2009 – também concorreu em 2008 e 2005.

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Para encerrar a carreira com chave de ouro e o título mundial, porém, Isinbayeva terá que se superar. O grande nome da modalidade hoje é a cubana Yarisley Silva, que tem 4,90m como melhor salto do ano e já saltou quatro vezes acima de 4,80 em 2013 – a russa não supera essa marca desde 2009. Isinbayeva é a terceira do ranking, com 4,78m, seguida de Fabiana Murer (4,73m).