Há um ano, Isaquias Queiroz estava muito perto do título mundial do C1 1.000m quando, a não mais do que cinco metros da linha de chegada, tentou uma remada definitiva e viu sua canoa virar. Ficou sem medalha. Poderia ir à forra no Mundial de Canoagem Velocidade de Milão (Itália), que começa na quarta-feira, mas abriu mão de disputar sua especialidade.

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O Brasil já tem vaga garantida no C1 1.000m nos Jogos Olímpicos do Rio. E ninguém mais tem qualquer dúvida de que Isaquias, um dos melhores do mundo nesta prova, vai chegar à Olimpíada como favoritíssimo à medalha e forte candidato ao ouro.

Em Milão, entretanto, o baiano vai competir no C1 200m, prova para a qual o Brasil não tem convite. A vaga olímpica só virá para quem ficar entre os sete primeiros do Mundial. Isaquias ganhou o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, mas o titular do barco é Nivalter de Jesus, 28 anos, quinto colocado no Mundial de 2013. No ano passado, entretanto, fez final B.

“A estratégia desse Mundial é as vagas olímpicas e não medalhas. Às vezes temos que pensar no que é importante e o importante agora são as vagas olímpicas para 2016. No Rio, eu não vou remar o C1 200m, só o C1 1.000m”, explica Isaquias.

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Por conta dessa mudança, Isaquias vai focar apenas na prova mais curta, deixando a mais longa, de 1.000m, para Nivalter, que não tem expectativa de grandes resultados e vai ficar na torcida para que seu companheiro de treinos em Lagoa Santa (MG), o classifique à Olimpíada.