O Brasil definiu neste domingo os seus dois últimos representantes nas disputas da vela da Olimpíada de 2016, no Rio. Tratam-se de Samuel Albrecht e Isabel Swan, que garantiram classificação aos Jogos Olímpicos por meio da participação na Copa Brasil de Vela, realizada na Baía de Guanabara. A dupla irá participar do Rio-2016 na Nacra 17, classe olímpica estreante, e assim o País fechou sua equipe de 15 atletas para o grande evento esportivo do próximo ano.
Isabel estará de volta a uma edição da Olimpíada após ter conquistado o bronze em Pequim-2008, quando competiu na classe 470 feminina ao lado de Fernanda Oliveira e se tornou a primeira mulher da vela brasileira a ganhar uma medalha olímpica. Já Samuel também esteve presente nos Jogos de Pequim, na classe 470 masculina, competindo ao lado de Fábio Pillar.
“Em 2009 eu participei da eleição do Rio fazendo o discurso na apresentação para o Comitê Olímpico Internacional. Agora, poder representar o meu país, em casa, será a realização de um sonho. Fizemos um bom Campeonato Sul-Americano e isso nos deu uma boa vantagem aqui na Copa Brasil. É a conquista de um projeto trabalhado há muitos anos e queremos representar bem o Brasil nos Jogos”, afirmou Isabel, emocionada, ao comemorar a vaga olímpica.
No caso, a velejadora se referiu ao fato de que a classificação olímpica foi definida pela soma dos resultados no Sul-Americano e na competição organizada pela Confederação Brasileira de Vela (CBVela). Samuel e Isabel ficaram em sétimo na primeira destas competições e em 12º na segunda.
Os dois ficaram fora da regata da medalha e assim tiveram de torcer para que João Bulhões e Gabriela Nicolino, candidatos também a uma vaga olímpica, chegassem de sétimo para cima na Copa Brasil, já que os adversários tinham ficado em 13º lugar no sul-americano. E a dupla terminou a competição nacional em oitavo lugar no geral, após acumularem 112 pontos perdidos na regata da medalha, disputa que reúne os dez melhores barcos e vale o dobro de pontos. Os vencedores desta disputa foram os franceses tricampeões mundiais Billy Besson e Marie Riou, com 72 pontos perdidos.
AS OUTRAS VAGAS – No último sábado, Henrique Haddad e Bruno Bethlem haviam assegurado a vaga olímpica na classe 470 masculina. Além deles, vão disputar os Jogos do Rio Robert Scheidt, na Laser; Fernanda Decnop, na Laser Radial; Martine Grael e Kahena Kunze, na 49erFX; Marco Grael e Gabriel Borges, na 49er; Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan, na 470 feminina; Jorge Zarif, na Finn; Patricia Freitas, na RS:X feminina; e Ricardo Winicki, o Bimba, na RS:X masculina.
SCHEIDT LEVA BRONZE – Robert Scheidt conquistou neste domingo a medalha de bronze na classe Laser da Copa Brasil ao terminar a competição com 79 pontos perdidos. O ouro ficou com o croata Tonci Stipanovic, com 67.
“Minha estratégia foi defender o terceiro lugar por conta da pontuação. No fim faltou pouco para a prata. Cumpri meu objetivo que era sair daqui com uma medalha. Tinha batido na trave nos dois últimos campeonatos. Sair daqui com uma medalha foi bem positivo”, afirmou Scheidt, ao analisar sua participação na competição.
Em outras três disputas da Copa Brasil, o País ficou em quinto lugar neste domingo. Na 49erFX, Martine e Kahena terminaram neste posto ao somarem 78 pontos perdidos. As campeãs foram as holandesas Annemiek Bekkering e Annette Duelz, com 52.
Na 470 feminina, por sua vez, Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan terminaram com 61 pontos perdidos, enquanto o ouro foi obtido pelas britânicas Hanna Mills e Saskia Clark, com 28. Na Finn, que teve como campeão o britânico Giles Scott, com 24 pontos perdidos, Jorge Zarif acumulou 50 para encerrar em quinto lugar.
Já na classe 49er, Marco Grael e Gabriel Borges finalizaram a Copa Brasil em sexto lugar, com 94 pontos perdidos. Os vencedores foram os britânicos John Pink e Stuart Bithell, com 58. Na RS:X feminina, Patricia Freitas foi a sétima, com 88 pontos perdidos. A campeã foi a britânica Bryony Shaw, com 53.