Com as temperaturas chegando a 20ºC na região da costa e batendo em 15º na montanha, os Jogos de Sochi já estão sendo considerados os mais quentes da história da Olimpíada de Verão. Quem acompanha diariamente as competições, mesmo que pela televisão, já consegue perceber uma diferença significativa na neve das provas realizadas na montanha.
Próxima brasileira a competir em Sochi, Isabel Clark, do snowboard, também aponta que o clima tem atrapalhado. “Tem feito muito calor e a neve está ficando muito úmida. Não são as condições ideais, mas é normal competir assim. Não adianta ficar reclamando. O importante é se adaptar da melhor forma”, afirmou a atleta.
Isabel é a única esperança brasileira de uma briga pelas primeiras posições. Ela vem de um sexto lugar na última etapa de Copa do Mundo que disputou, em Andorra, avançando à final pela primeira vez na carreira. Na temporada, ainda foi 26.ª na Áustria e nona no Canadá. Assim, ocupa o 20.º lugar do ranking mundial do snowboard cross.
“Esse resultado aumentou minha confiança. Com a minha performance nas últimas etapas da Copa do Mundo, posso acreditar que meu nível está alto e competitivo em relação às melhores atleta do mundo”, afirmou a snowboarder, que foi nona colocada em Turim/2009 e 19.º em Vancouver/2010. “Estou mais experiente, mais forte e com melhor técnica. Mas isso não é garantia de resultado”, avisou.
“Chegar aqui em Sochi para a minha terceira participação olímpica já é uma grande realização. Sempre sonho com uma medalha olímpica e isso é uma grande motivação para que eu me dedique intensamente no dia a dia. Mas ficar pensando em medalha não faz milagre nem ajuda”, explicou a carioca.