Irregularidade no carro tira vitória de Lucas di Grassi em Berlim na Fórmula E

O brasileiro Lucas di Grassi venceu, mas no final não levou. Horas depois da alegria pela vitória na etapa de Berlim da Fórmula E, nova categoria do automobilismo com monopostos elétricos, na vistoria técnica os comissários desportivos decidiram desclassificar o carro vencedor por uma irregularidade no reforço do lado interno da asa dianteira.

A peça havia sido modificada para incluir parafusos de reforço, o que foi feito após um conserto que foi feito em uma asa que havia sido danificada durante o transporte. A equipe argumentou que estas alterações foram feitas em razão de reparos e que não interferia no desempenho do carro, mas mesmo assim ocorreu a exclusão. A Audi Sport ABT, equipe de Di Grassi, optou por não apelar da decisão.

“Foi um erro bobo. Era uma asa quebrada que a equipe consertou e colocou estes reforços no ‘endplate’. Por isso algumas peças não estavam em sua forma original especificada pelo regulamento. Isso em nada refletiu na performance do carro. Em todo caso, está no regulamento que não pode haver nenhum tipo de modificação. Então a FIA está correta”, concordou Di Grassi.

“Na Fórmula E, os carros e as partes são transportadas em caixas ao redor do planeta durante a temporada. A equipe às vezes não tem o tempo necessário em algumas pistas para trabalhar nos reparos com a mesma precisão que se faz na oficina na sede. É uma situação que afeta todas as equipes e acho que devemos encontrar uma solução mútua no futuro”, disse o chefe de equipe Hans-Jürgen Abt.

Com a exclusão, o belga Jerôme D’Ambrosio, da Dragon Racing, foi declarado o vencedor. Sem os pontos da vitória em Berlim, Lucas Di Grassi permanece com 93, agora na terceira posição no campeonato, apenas 10 atrás do líder, o brasileiro Nelsinho Piquet. O vice-líder é o suíço Sebastien Buemi, com 101, que ficou com a segunda colocação na prova.

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