Aos 25 anos, Tammy Galera ainda convive com o rótulo de “irmã de Roger Flores”, ex-jogador de times como Fluminense, Corinthians e Cruzeiro. Agora, porém, ela pode ser chamada de Tammy Galera, atleta olímpica. Ela se garantiu nos Jogos do Rio nesta quinta-feira, com Juliana Veloso, ao vencer a prova sincronizada no trampolim de 3 metros no Troféu Brasil de Saltos Ornamentais, que está sendo disputado em Brasília. Na plataforma masculina, o time terá Hugo Parisi e Jackson Rondinelli.
Nos saltos ornamentais, a prova sincronizada é entendida como modalidade coletiva. Por isso, só aceita-se a participação de uma dupla por nação e o país-sede tem direito a convite. Isso apesar do baixo nível técnico do Brasil na comparação com os demais sete competidores.
No Mundial de Kazan, no ano passado, Juliana e Tammy ficaram no 18.º lugar entre 19 duplas, bem distante da nota necessária para ir à semifinal entre as 12 primeiras. Nesta quinta, diante de árbitros brasileiros, elas receberam 271,14 pela apresentação, o que as faria terminar o Mundial em 12.º. Se não quiserem ficar em último na Olimpíada, será necessário chegar à casa de 300 pontos, algo impensável hoje em dia.
No Troféu Brasil, as meninas do Fluminense venceram outras duplas que sonhavam com a Olimpíada: Milena Sae (Pinheiros)/Luana Lira (Grêmio Cief, da Paraíba) e as irmãs Nicoli e Natali Cruz, da APOE, do Rio. A competição aceita duplas de clubes mistos.
Já na prova masculina realizada nesta quinta, na plataforma, Hugo Parisi, do Mackenzie do Rio, e Jackson Rondinelli, do Pinheiros, sobraram contra os demais rivais e confirmaram o enorme favoritismo. Na Olimpíada, também devem brigar para não ficar entre os últimos.
Hugo e Juliana já estavam garantidos na Olimpíada, nas provas individuais. Assim como Tammy, que disputou o Pan de 2007, no Rio, Jackson também vai à sua primeira Olimpíada. Ele faz 21 anos nesta sexta.