O jogo entre Irã e Nigéria não foi dos mais animadores. Com poucas oportunidades de gols, as duas equipes também tiveram dificuldades para construir boas jogadas. No entanto, a partida, que destoou das outras desta Copa do Mundo, não impediu que os torcedores fizessem a festa na Baixada.
Ora com gritos de “Irã”, ora com gritos de “Nigéria”, o estádio inteiro se manifestava, embalado pela alegria contagiante dos donos do espetáculo, no caso torcedores de Irá e Nigéria. Foram poucos os momentos em que o silêncio predominou. Apenas cerca de 15 minutos depois do apito inicial e nos momentos em que a movimentação das equipes em campo era baixa. No final do primeiro tempo, vaias para as duas seleções.
No segundo tempo, a animação nas arquibancadas esfriou um pouco mais. Irritados com o péssimo futebol apresentado, os torcedores só voltaram a virar o destaque do duelo quando o Irã esboçava puxar um contra-ataque, que sempre parava na defesa da Nigéria. Mesmo assim, o incentivo ao time inferior foi tomando conta da Arena.
Só que a torcida para os nigerianos também era forte. Na verdade, o que a torcida queria era gol. Bastava um dos times atacar para o barulho que vinha das arquibancadas ser ensurdecedor. Como o gol não veio, para não cair toda a animação, restou aos brasileiros o famoso “eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor” e uma pequena vaia após o apito final.
Ao mesmo tempo, se fora do estádio a confraternização foi total, o mesmo não pode se dizer de dentro da Arena. Por alguns momentos os atleticanos se manifestaram, gritando “Atlético” ou “Furacão”, e receberam em troca uma enorme vaia de grande parte do restante das arquibancadas, exceto por parte dos estrangeiros, que possivelmente não entendiam nada do que estava acontecendo.