As autoridades colombianas querem concluir em até seis meses a investigação sobre as causas da queda do avião da Chapecoense, que culminou com a morte de 71 pessoas na última segunda-feira (madrugada de terça, no horário de Brasília), em Medellín. Um grupo de 20 peritos vai se debruçar sobre os dados de navegação, da caixa-preta e de depoimentos para apontar as conclusões.

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“Precisamos de seis meses, até para respeitar o protocolo de apuração. Vamos ter um grupo de trabalho formado por colombianos, brasileiros, bolivianos e também por dois britânicos, que são do país onde a aeronave foi fabricada”, disse nesta sexta-feira Alfredo Bocanegra, diretor geral da Aerocivil da Colômbia.

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Segundo Bocanegra, os representantes brasileiros serão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Já os ingleses são membros do Grupo de Investigação de Acidentes Aéreos do Reino Unido. A aeronave foi fabricada em 1999. O trabalho cooperativo será liberado pelos colombianos, que, na quarta-feira, já apresentaram as conclusões preliminares.

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As primeiras análises apontaram que, no momento da queda, o avião estava com o tanque de combustível vazio. Essa condição causou a pane elétrica e a interrupção do funcionamento dos motores. Os dois problemas foram relatados pelo piloto, Miguel Quiroga, à torre de controle do aeroporto internacional de Medellín e evidenciados pela ausência de explosão no momento do impacto.

“É necessário um trabalho científico, com a presença de especialistas para determinar o que houve. Ainda é cedo para ter definições”, explicou Bocanegra. O diretor disse ainda ser cedo para explicar os motivos de a aeronave estar sem combustível no momento da queda, noite de segunda-feira.