Depois de uma tarde que terminou com a derrota por 1 a 0 para o Boa e muita confusão pós-jogo, o Internacional volta a jogar no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, na expectativa de não despertar uma nova onda de revolta de sua torcida. Neste sábado, recebe o Criciúma, às 16h30, em jogo válido pela 12.ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, com o objetivo de amenizar o clima de pressão instaurado no clube.
Uma nova derrota em casa pode custar caro porque se trata de um confronto direto. O Internacional tem 17 pontos, na cola do G4, e está a apenas dois pontos à frente do Criciúma, que se encontra na parte intermediária da tabela de classificação. Se o time catarinense vencer, consegue superar o próprio time gaúcho.
A derrota para o Boa, na rodada passada, gerou uma reação violenta por parte da torcida, que depredou acessos ao estádio e teve que ser contida pela polícia. Com o clima pesado, já começaram os rumores sobre uma possível queda do técnico Guto Ferreira, que diz não sentir a pressão. “O que me desafia não é arriscar meu cargo, mas a condição de realizar o meu trabalho. Isso que me motiva para buscar o melhor. Não me sinto nessa pressão”, garantiu.
Esta aparente tranquilidade do técnico é trocada pelo fraco desempenho do time nos últimos jogos e pelo claro nervosismo mostrado pelos jogadores. Estes, com certeza, estão sob forte pressão emocional.
No último treino antes do confronto, Guto Ferreira comandou as atividades com os portões fechados para trabalhar o posicionamento e jogadas de bola parada. Até a escalação não foi revelada. Durante a semana, ele indicou que tinha dúvidas na lateral direita e no ataque, mas no fim deve optar pela utilização de Cláudio Winck e do uruguaio Nico López em detrimento de Fabinho e Eduardo Sasha. Além da volta do centroavante William Pottker, recuperado de lesão.
A missão do Internacional não vai ser nada fácil. Além de estar mostrando fragilidade nos jogos dentro de casa, vai enfrentar um adversário difícil de ser batido. O Criciúma não perde há seis rodadas, com quatro vitórias e dois empates. “Vivemos um bom momento e para mantê-lo as dificuldades serão maiores. Mas estamos cientes disso”, disse o técnico Luiz Carlos Winck.
O atacante Caio Rangel é a baixa. O problema é que o seu contrato terminou no último dia 30 de junho e foi renovado no início desta semana, mas a situação ainda não foi regularizada na CBF. Com isso, Fabinho Alves vai ficar com a vaga.