Embalado pelas duas vitórias consecutivas na Copa Libertadores, o Internacional passou muito perto de vencer a terceira nesta quarta-feira, no Beira-Rio, em Porto Alegre. Do outro lado, porém, estava o River Plate, atual campeão do torneio. O jogo, muito disputado, especialmente no primeiro tempo, terminou empatado em 2 a 2.

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Intenso, ligado e efetivo, o Inter encurralou o River Plate, abriu 2 a 0 no primeiro tempo com gols de Nico López e Edenílson, mas o time argentino mostrou porque é o atual campeão sul-americano e um dos times mais tradicionais do continente e buscou o empate com um gol de pênalti de Lucas Pratto e uma pintura em cobrança de falta anotada por De La Cruz. O duelo foi um dos melhores da fase de grupos da competição.

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O resultado não é o ideal para o Inter levando em conta as circunstâncias da partida, mas é não ruim em termos de classificação, já que o time gaúcho permaneceu na liderança do Grupo A, com sete pontos. O River, ainda sem vencer, tem dois pontos e ocupa o terceiro lugar na chave. Uma campanha decepcionante até aqui, levando em conta o que os argentinos fizeram em 2018.

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O JOGO – O Inter foi muito intenso no primeiro tempo. Marcou adiantado e pressionou a saída de jogo do River Plate. A estratégia deu resultado rapidamente e, mesmo que os argentinos tivessem a bola na maior parte do tempo, não incomodavam, ao contrário do time gaúcho, que foi eficaz.

Aos 17 minutos, Iago cruzou, a bola desviou na zaga e sobrou para Nico López desviar para o gol. Empolgado, o Inter ampliou com Edenílson aos 30. O volante, acostumado a aparecer como surpresa na área, arrancou do meio de campo até a área e deslocou Fux para marcar o segundo.

No entanto, um lance fortuito ajudou a mudar a história do jogo. Em uma cobrança de Falta de Cristian Ferreira, Edenílson colocou o braço na bola e o árbitro marcou pênalti. Pratto converteu e deu nova vida ao River na partida.

A pujança apresentada na primeira etapa não foi repetida no segundo tempo pelo Inter. E o River, mesclado por veteranos e jovens apostas, como o uruguaio De La Cruz, cresceu na partida. Irmão de Carlos Sánchez, meio-campista do Santos, De La Cruz foi figura vital no empate. Ele entrou no intervalo da partida, bem como Mayada, deu nova dinâmica ao meio-campo da equipe argentina, e foi decisivo ao empatar a partida com uma preciosa cobrança de falta que morreu no ângulo direito de Marcelo Lomba.

Depois de levar o empate, a equipe gaúcha se preocupou mais em reclamar com a arbitragem, muito em razão ainda do pênalti marcado a favor do River no primeiro tempo, e não conseguiu mais se concentrar no jogo como deveria. D’Alessandro cansou, Nico López parou e o empate perdurou no Beira-Rio lotado, que registrou recorde de público desde que foi reinaugurado – 47.012 torcedores.

FICHA TÉCNICA:

INTERNACIONAL 2 X 2 RIVER PLATE

INTERNACIONAL – Marcelo Lomba; Bruno (Zeca), Rodrigo Moledo, Victor Cuesta e Iago; Rodrigo Dourado, Edenilson e Patrick, D’Alessandro (Wellington Silva) e Nico López; Rafael Sóbis (Guilherme Parede). Técnico: Odair Hellmann.

RIVER PLATE – Lux; Montiel, Lucas Martínez (Mayada), Pinola e Angileri; Zuculini, Enzo Pérez, Ignacio Fernández e Cristian Ferreira (De La Cruz); Lucas Pratto e Borre (Matías Suárez). Técnico: Marcelo Gallardo.

GOLS – Nico López, aos 17, e Edenilson, aos 30, e Lucas Pratto, aos 41 minutos do primeiro tempo. De La Cruz, aos 15 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Esteban Ostojich (Fifa/Uruguai).

CARTÕES AMARELO – Edenilson, D’Alessandro, Nico López (Inter); Lucas Martínez, Montiel, De La Cruz e Mayada (River Plate).

RENDA – R$ 2.228.646,00.

PÚBLICO – 47.012 torcedores (43.911 pagantes).

LOCAL – Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS).