Quando se imaginava uma retomada do bom caminho do Paraná Clube, a inconstância reapareceu. E da pior forma possível – errando muito, o Tricolor perdeu ontem para o Bragantino por 1×0, em Bragança Paulista.
O gol do Massa Bruta foi marcado quando o Paraná tinha um jogador a mais em campo. Com o resultado, a equipe permaneceu com 23 pontos, na 12ª posição, e perigosamente perto da zona de rebaixamento.
Após a vitória consistente sobre o ASA, o Tricolor voltava a ter confiança para triunfar longe de seus domínios. O técnico Marcelo Oliveira mudava apenas para adaptar o time – saía o lesionado Alessandro Lopes, entrava Diogo; saía o inconstante Jefferson, entrava Murilo.
E o pensamento era de explorar o nervosismo do Braga e aproveitar os espaços que os donos da casa deixariam no setor defensivo. E o início da partida mostrou um Massa Bruta partindo para o ataque.
Logo no primeiro lance, Juninho teve que salvar o Paraná em um chute de Welton, ex-jogador do Coritiba. O problema dos donos da casa era a falta de qualidade do meio para frente. O Tricolor, em contrapartida, não acertava a ligação, desperdiçando jogadas ao tentar acelerar o jogo.
Quando colocou a bola no chão, o Paraná começou a chegar com perigo. Rodrigo Pimpão e Murilo faziam boas combinações pela direita, e William prendia os zagueiros do Braga. Faltava apenas a presença mais efetiva de Wanderson. Sem criatividade, o Tricolor se igualava aos paulistas, e a partida ficou ruim no final do primeiro tempo.
“Não fizemos uma boa partida até agora”, reconheceu o volante Luiz Henrique Camargo. “Foi muito ruim. Felizmente não levamos gols”, reclamou o técnico Marcelo Oliveira.
Camargo saiu no intervalo para a entrada de Serginho Catarinense. Era uma tentativa de melhorar o passe e avançar o time. Mas o jogo não mudou de figura – aos trancos e barrancos, o Bragantino buscava o gol enquanto o Paraná seguia errando muito. Pimpão e principalmente William eram pouco acionados, e Wanderson ficava preso na marcação paulista.
A diferença era o melhor trabalho quando a bola chegava em Serginho. Com ele, o Paraná pelo menos tinha alguns lampejos de bom futebol – num desses, Murilo quase abriu o placar; em outro, Kim conseguiu perder uma chance incrível. Neste momento, Flavinho já estava em campo no lugar de Wanderson.
O time cresceu a partir dos 20 minutos, quando dominou o Braga e passou a ter o controle das ações ofensivas. A situação melhorou quando o zagueiro Emerson foi expulso após falta violenta em Kim. Quer dizer, melhoraria, porque aos 24 o Massa Bruta abriu o placar na jogada de Rodriguinho que foi completada por Nego.
Em desvantagem, o Paraná partiu para cima. Kim saiu e Anderson Aquino entrou. Mas apesar de muita vontade, o Tricolor não conseguiu criar boas chances de buscar o empate – pelo contrário, jogou fora algumas oportunidades com péssimos arremates de média distância. A derrota força a equipe a vencer o líder Figueirense, no decisivo confronto do sábado, na Vila Capanema.