Uma no cravo e outra na ferradura. Esta vem sendo a rotina do Paraná Clube na temporada 2009. E é sob a sombra da irregularidade que o clube segue para um “jogo de seis pontos”, frente ao Nacional.

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Amanhã – às 15h30, no Estádio Erick Georg -, em Rolândia, o Tricolor precisa da vitória para se afastar da zona do rebaixamento do Campeonato Paranaense. Um resultado positivo representaria o ingresso no G8.

O torcedor, ressabiado, não sabe até onde esse time poderá chegar. Sem uma resposta conclusiva para as oscilações, os jogadores mantém o discurso. “Temos é que trabalhar e vencer os jogos”, dizem.

O zagueiro Luís Henrique não consegue esconder o constrangimento com a situação do time, que mesmo tendo avançado à segunda fase da Copa do Brasil, não consegue emplacar. “A vaga veio nos pênaltis. É muito sofrimento. O torcedor tem razão em cobrar, pois está claro que a gente não está jogando bem”, disse Luís Henrique.

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A derrota no tempo regulamentar para o Mixto-MT não foi “digerida” pelos tricolores. A diretoria não fez qualquer pronunciamento oficial, mas nem precisava. A indignação e a preocupação estavam estampadas no rosto do vice de futebol Márcio Vilella.

Após onze jogos (4 vitórias, 2 empates e 5 derrotas), o Paraná não consegue uma sequência de bons resultados e deixa sob suspeita a qualidade do grupo. “Temos um elenco forte. Mas, continuamos levando gols bobos e lá na frente criamos, mas não fazemos”, disse Luís Henrique.

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Em meio a esse turbilhão, o técnico Paulo Comelli estuda novas mudanças no time. Nos dois últimos jogos, adotou o 3-5-2, sem sucesso. Os cinco gols sofridos fizeram o treinador deixar no ar a possibilidade de mais uma vez mexer no sistema defensivo.

Ontem, o treinador reviu o jogo e somente em Londrina – local da concentração – define se irá utilizar Edimar. O volante é o único dentre os reforços contratados que ainda não teve uma chance real na equipe. Ele estreou frente ao Toledo, entrando aos 25 minutos do segundo tempo.

A presença de Edimar foi a única mudança processada por Comelli na relação dos dezoito atletas que seguem hoje cedo para o norte do Estado. O volante entrou na vaga de Gedeon, “barrado” por deficiência técnica.

O zagueiro João Paulo, duramente criticado pelo treinador por sua expulsão “irresponsável” (nas palavras do próprio Comelli) será multado, mas sem perder a vaga no time.

O cartão vermelho recebido pelo zagueiro, na visão de Comelli, foi o fator determinante para o sufoco que o Tricolor passou diante do frágil time mato-grossense.