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Inspetor das candidaturas para Copas de 2018 e 2022 apela contra suspensão

Líder da inspeção das candidaturas para as Copas do Mundo de 2018 e 2022, Harold Mayne-Nicholls revelou nesta quarta-feira que entrou com recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) contra uma suspensão de três anos que lhe foi aplicada. O dirigente chileno foi punido por supostamente buscar favores a seus familiares.

Nicholls foi investigado pela Fifa por mais de um ano e, em 2015, foi punido. A entidade alegou que o dirigente enviou e-mails à Academia Aspire, no Catar, pedindo estágios para seu filho, seu sobrinho e seu genro. A Aspire é um centro de formação de atletas que foi usada, durante a candidatura do Catar, para oferecer agrados a dirigentes da Fifa.

A atitude seria um conflito de interesses, uma vez que Nicholls foi o responsável por investigar as candidaturas do Catar, da Rússia e de todos os outros países envolvidos nos pleitos para sediar as Copas do Mundo de 2018 e 2022. A Fifa entendeu que o chileno “ignorou sua responsabilidade como um dirigente de alta patente da entidade, alguém de quem era esperado que agisse com a máxima neutralidade e integridade”.

Nicholls foi punido inicialmente por sete anos, pena essa que foi reduzida meses depois. O dirigente, no entanto, ficou impedido de entrar com recurso na CAS enquanto a Fifa não provesse razões escritas para sua suspensão, o que aconteceu somente 10 meses depois.

O dirigente era um potencial candidato a rivalizar com Joseph Blatter na eleição para presidência da entidade em 2015, mas, em meio a este imbróglio, desistiu do pleito. Ele foi um crítico das candidaturas do Catar e da Rússia e era tido por seus pares como uma pessoa que poderia ajudar a “limpar a Fifa”.

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