Ex-presidente da Uefa e ex-vice-presidente da Fifa, o francês Michel Platini disse neste sábado que pretende voltar ao futebol. A declaração foi dada no dia seguinte em que a Justiça da Suíça inocentou o dirigente no escândalo político de corrupção no futebol internacional.
Platini era suspeito de ter recebido US$ 2 milhões (cerca de R$ 7,2 milhões) da Fifa sem motivos aparentes. Por conta das revelações de pagamentos, a Fifa o suspendeu do futebol, pena que acabou sendo confirmada pela Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês).
Por meio de comunicado, ele informou que “chegou ao fim o período de um longo pesadelo para minha família e aqueles que estão próximos a mim”. Apesar de ser declarado inocente, a Fifa não retirou a punição de quatro anos ao dirigente e que tem previsão para se encerrar em 2019.
“Eu vou voltar. Onde, quando e como? É muito cedo para dizer. Mas vou voltar para o futebol”, informou. “O futebol é minha vida e não dou a ninguém o direito de me privar da minha vida”, declarou Platini que foi um dos principais jogadores da história do futebol francês.
Na sexta-feira, o Ministério Público Suíço disse não haver provas que incriminem Platini. O processo em que ele era acusado se referia a um pagamento feito por Joseph Blatter, então presidente da Fifa, em 2011 ao francês.
Oficialmente, a transferência se referia a uma remuneração que Platini teria de ter sido beneficiado por seus trabalhos de conselheiro da Fifa entre 1998 e 2002. Blatter, por sua vez, foi suspenso por oito anos do futebol e continua sendo investigado pelo MP.
Para a imprensa francesa, a informação do arquivamento do caso é uma “prova” de que havia um “complô” para impedir que Platini se transformasse no presidente da Fifa nas eleições em 2015, convocadas por Blatter depois do escândalo de corrupção.