Após nove rodadas, o São Paulo está a apenas um ponto de distância da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro e já acumula cinco derrotas na competição, pior marca do clube no começo do torneio desde 1998. A situação delicada na tabela de classificação faz com que o técnico Rogério Ceni, maior ídolo tricolor, comece a sofrer críticas e a ser contestado.

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Rogério Ceni assumiu o comando neste ano, sem ter experiência anterior como técnico, mas contando com uma longa vivência no futebol e principalmente no clube. Trouxe auxiliares estrangeiros e adotou um esquema ofensivo logo no início, quando chamou a atenção pelo grande número de gols que a equipe fazia, mas também sofria. Então, mudou um pouco o jeito de jogar para encontrar um equilíbrio entre atacar e defender.

Ao longo do caminho, o time caiu na Copa do Brasil, Copa Sul-Americana e Campeonato Paulista. Nas últimas partidas, Rogério Ceni tem utilizado um esquema com três zagueiros e no início do Brasileirão a defesa funcionou. Mas a partir do clássico contra o Corinthians, a equipe foi derrotada e não venceu mais no torneio, acumulando três derrotas e um empate.

Mesmo com o início ruim, a diretoria manteve como meta acabar entre os cinco mais bem colocados do Brasileirão. Vinicius Pinotti, executivo de futebol, afirmou que as mudanças do elenco não alteram essa perspectiva. “Não vejo esse choque na equipe. Só perdemos um titular, que era o Luiz Araújo. Ele é um grande jogador, mas não era titular absoluto”, explicou.

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Além do atacante, o São Paulo perdeu recentemente os zagueiros Lucão e Maicon. Ambos vinham sendo titulares. A chegada de novos jogadores também pode alterar o time e os reforços vão precisar de tempo de adaptação. “Hoje não estamos satisfeitos com a performance e é natural que em função de alguma chegada ou saída isso aconteça”, comentou Vinicius Pinotti. “O objetivo é fazer o São Paulo terminar o ano entre os cinco primeiros. A gente já vem trabalhando há muito tempo”.

O entra e sai de jogadores incomoda Rogério Ceni, que sabe que vai ter de remontar a equipe no meio da temporada. “Essa é a maior dificuldade que temos. Os times que permanecem com um elenco têm mais chance. Mas nesse ano há uma necessidade de saída de jogadores, precisamos entender pela parte financeira. As coisas não acontecem do dia para a noite”, disse o treinador tricolor.

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