Início do Acesso do Paranaense é adiado

O adiamento do início da Segundona do Estadual em uma semana causou lamentações entre dirigentes e revolta de torcedores. A briga jurídica sobre a possibilidade de o Iguaçu de União da Vitória disputar a competição foi o que levou a Federação Paranaense de Futebol (FPF) a descartar as partidas marcadas para a primeira semana de maio.

Por causa da desistência do A.F.A. de Umuarama, a FPF terá de criar uma nova tabela para o campeonato no caso de derrota do julgamento do recurso contra Iguaçu no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no próximo dia 29.

“É ruim, pois já havíamos feito um planejamento do que fazer durante nossa folga na 2.ª rodada. Agora, não sabemos nem contra quem vamos estrear. Precisamos ter cuidados com hotel e ônibus, por exemplo. Não é fácil”, disse o diretor de futebol do Cascavel, Marcos Vinícius Beck Lima.

Torcedores aproveitam para criticar a FPF. “Quem criou essa situação toda foi a própria federação, no problema deles com o Iguaçu. Parece que só existe disposição da mesma na hora de cobrar taxas, de mandar construir muro em estádios ou obrigar os times a jogar em outras cidades”, protestou o vice-presidente da torcida Falange Azul do Londrina, Marcelo Benini, 32 anos.

O vice-presidente da FPF, Amilton Stival, confirmou o adiamento. No entanto, nega que os participantes estejam sendo prejudicados. “Todos os clubes estão avisados e não houve nenhuma reclamação”, contestou.

Iguaçu quer negociar

A diretoria do Iguaçu pretende conseguir uma certidão negativa no TJD-PR para negociar com a FPF a possibilidade de evitar o julgamento no fim do mês. “O presidente esteve (ontem) em Curitiba para tentar resolver parte dos problemas”, disse o diretor de comunicação, do Iguaçu, Luciano Queiroz.

Motivado, Queiroz afirma que o clube já está em fase de conclusão de algumas reformas no Estádio Antiocho Pereira, em União da Vitória. Cerca de 12 jogadores profissionais já foram contratados e um plano de sócio-torcedor está sendo organizado. “Não podemos ficar esperando a decisão, pois a torcida está empolgada”.

Mesmo sem negociação entre clube e FPF, o advogado Domingos Moro acredita na participação do Iguaçu. “É difícil que o STJD vá contra uma decisão regional”, ressaltou o especialista em justiça desportiva, sobre o julgamento do recurso solicitado pela Federação Paranaense de Futebol.