Ingresso barato faz alegria da torcida coxa

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A galera coxa lotou o Couto em toda
as partidas do Brasileirão.

O Coritiba está provando que o torcedor quer preços menores nas partidas do Campeonato Brasileiro. Após lotar o Couto Pereira em dois jogos com promoção casada e em outros dois com redução drástica no preço da entrada, empurrado pela promoção de troca de ingressos por produtos, a diretoria criou um fato inusitado – promover venda antecipada para uma partida minutos antes de outra começar. Deu certo e o clube segue lutando pela melhor média de público da competição.

A idéia foi surpreendente na execução e na rapidez em que foi tomada. O anúncio de venda de ingressos dentro do Alto da Glória foi feito pelo sistema de som do estádio, que informava que ?vendedores? caracterizados estavam passando pelas arquibancadas oferecendo entradas para a partida contra o Botafogo, no próximo dia 17, por cinco reais – um terço do valor normal do setor.

Os torcedores responderam imediatamente, comprando mais de onze mil ingressos até o início do jogo com o Paysandu. "Nossa idéia é ter o torcedor sempre perto do estádio, porque lugar de coxa-branca é no Couto Pereira", disse o vice-presidente André Ribeiro. Assim, é quase certo que o Coritiba vai ter contra o Fogão pelo menos o mesmo público pagante que teve contra o Juventude – naquela partida, 18.373 pessoas pagaram para acompanhar a vitória dos gaúchos por 2×1.

Mas a intenção alviverde é mais ousada. O desejo é ter a maior média entre os 22 participantes do Brasileiro. A marca, no momento, pertence ao Fortaleza, que com os 33.516 torcedores que foram assistir à partida com o Corinthians, no domingo, chegou a uma média de 28.768 por jogo. O Coritiba, que levou 30.450 no sábado, tem por enquanto 26.622 por partida.

A briga por ter uma média alta de público está no que pode acontecer nos próximos anos. Além do marketing favorável que a marca dá durante esta temporada, o Coritiba luta por melhores verbas da televisão – o Brasileiro de 2006 já deverá ter divisão de cotas também pela presença de torcedores nos estádios. Hoje, os valores são definidos pela exposição na mídia e pelo potencial de audiência.

Centenário

O Coritiba é o primeiro clube a levar mais de cem mil pessoas aos estádios neste Brasileiro. Até agora, em cinco partidas, foram 133.100 torcedores pagando ingressos em jogos do Coxa. E se a média alviverde é menor que a do Fortaleza, na soma o Cori é líder de público.

Caio é uma "dor de cabeça"

"Eu fiquei muito feliz com este desfecho." O meia Caio é só sorrisos desde que finalmente estreou no Coritiba, no sábado. Depois de um período de adaptação ao clube e da recuperação de problemas clínicos, o jogador atuou 25 minutos contra o Paysandu e foi o responsável pela jogada do gol de Jackson, o terceiro da vitória alviverde. E criou um "problema" para o técnico Cuca – ele já se sente pronto para começar jogando o clássico contra o Atlético, no domingo.

Caio passou três semanas em preparação física, mas pouco antes do jogo com o Goiás, quando se esperava a sua estréia, ele teve uma crise de labirintite. Caio passou dois dias em repouso absoluto, voltando a treinar apenas quatro dias após o problema. "Eu ainda estava sentindo nesta semana, mas estava bem fisicamente e queria jogar", confessa o armador.

Por isso foi para o banco na partida contra o Papão e Cuca o colocou no lugar de Marquinhos. "Felizmente deu tudo certo. Estava ansioso com esta estréia. Era para ter acontecido bem antes", reconhece Caio, lembrando das tentativas anteriores de contratação pelo Coritiba. "Agora meu desejo é ajudar o Coxa a seguir bem no Brasileiro."

O treinador sabe que, agora, Caio terá condições de atuar os noventa minutos do Atletiba. "É um problema dos mais agradáveis", afirma Cuca, que tem além do meio-campista o retorno de Rafinha, que se apresenta amanhã depois da disputa do Mundial sub-20 pela seleção brasileira.

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