Gianni Infantino não vai nomear um europeu para ajudá-lo na administração da Fifa. O candidato à presidência da entidade indicou nesta segunda-feira, inclusive, que deve apontar um africano para preencher a vaga de secretário-geral.
O candidato suíço, que é secretário-geral da Uefa, afirmou que vai procurar definir rapidamente o substituto do demitido Jérôme Valcke se vencer a eleição presidencial da Fifa, agendada para 26 de fevereiro.
“O que queremos fazer é abrir as portas da administração da Fifa. Estou convencido de que o secretário-geral da Fifa não deve ser europeu”, disse Infantino a repórteres, em Londres, nesta segunda-feira. “Por que não um africano?”, acrescentou.
A Fifa teve dez secretários-gerais desde 1904, todos eles europeus. Um candidato óbvio ao cargo seria o marroquino Hicham El Amrani, o secretário-geral da Confederação Africana de Futebol.
A declaração de que colocará um africano no importante cargo de secretário-geral pode ser encarada como uma tentativa de Infantino de atrair os votos dos países-membros da Confederação Africana de Futebol, que firmou um acordo de apoio ao xeque bareinita Salman Bin Ebrahim Al Khalifa, que aparece como principal adversário do suíço.
Já Infantino recebeu anteriormente os apoios da Uefa, da Conmebol e da União Caribenha de Futebol. Além dele e do xeque bareinita, o príncipe jordaniano Ali bin Al-Hussein, o ex-vice-secretário-geral da Fifa Jérôme Champagne, da França, o empresário e político sul-africano Tokyo Sexwale, também vão participar da eleição presidencial da Fifa.
AMEAÇA – Também nesta segunda-feira, Infantino também revelou que ele sofreu ameaças de morte após a Uefa começar a combater mais diretamente as acusações de manipulação de resultados.
“Tenho recebido ameaças de morte contra mim e minha família, porque a Uefa está agindo contra a manipulação de resultados”, disse. “Eu tenho que ter escolta policial para minhas crianças por causa das ações da Uefa contra a manipulação de resultados”.