Levado ao Coritiba em 1984, recém saído do São Bento de Sorocaba, Índio fez parte do importante elenco que conquistaria os campeonatos brasileiro de 1985 e o paranaense do ano seguinte.
Apesar de cotado para ser o último batedor de pênaltis da final contra o Bangu, em 1985, Índio, a pedidos de outros jogadores, foi o primeiro na cobrança de penalidades. “Os meus companheiros pediram ao Ênio Andrade (técnico do alviverde) para que eu iniciasse a cobrança”, revelou Índio, que ostentava, na época, o título de cobrador oficial de faltas e penalidades do Coritiba.
O centroavante, que deixou de atuar em apenas duas partidas das 29 disputadas no campeonato do título, foi o artilheiro do Coritiba na competição nacional, marcando nove gols. Embora sua presença tenha sido fundamental para a conquista inédita, o jogador afirma que “Edson, Lela e Toby foram os destaques daquele time”.
Como é possível notar, a admiração e amizade entre os jogadores era uma das maiores qualidades do alviverde de 1985. Índio revela a fórmula coritibana para a conquista. “O time chegou desacreditado, porém, éramos uma equipe unida, sem brigas, isso nos permitiu vencer”.
Essa equação também seria usada para que o campeonato estadual de 1986 fosse conquistado pelo time do Alto da Glória. Naquele ano, o Coxa venceu o Pinheiros por 3 a 0 no Couto Pereira e mais uma vez, Índio sagrou-se artilheiro o time, marcando 10 gols, inclusive na final.
Nos dois casos, a torcida coxa-branca foi fundamental para as conquistas. Na final de 1985, o Maracanã estava lotado, no entanto, pouco mais de três mil torcedores eram coritibanos. Na opinião do artilheiro, “o Coritiba não está no melhor momento, mas com a ajuda de torcedores que ‘acreditem’ o time pode melhorar”.
Projeto realizado em parceria com alunos da Faculdades Eseei.
