O piloto Cristiano da Matta, da Toyota admite: não sabe se disputará o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, domingo, com um carro em perfeitas condições de competição. Segundo o brasileiro, não é possível assegurar que os novos ajustes no sistema de pressão do combustível vão evitar os problemas apresentados no Grande Prêmio da Malásia, quando teve de disputar toda corrida com pelo menos metade do tanque cheio.
“Trabalhamos para solucionar o problema e tenho uns 90% de certeza de que ele está resolvido”, afirmou Da Matta. “Só não dou 100% porque não houve tempo de testar em Barcelona (o piloto participou de testes no Autódromo de Barcelona entre os dias 25 e 28 de março).” Para o piloto, o problema na Malásia seguramente custou seus primeiros pontos na Fórmula 1. “Com 40 quilos a mais de peso por causa do combustível o tempo que perdi foi uma eternidade.”
Da Matta já foi campeão em Interlagos quando disputava a Fórmula 3 em 1993, mas admite que essa experiência deve ajudar muito pouco. “Como meu último contato com a pista foi em dezembro de 1994, há quase dez anos, vai ser praticamente como se eu não a conhecesse.” Da Matta disse estar esperando por muita pressão na disputa do primeiro GP em casa, mas garantiu que ela ainda não está lhe afetando. “Sempre consegui colocar isso a meu favor.” Segundo o piloto, o que aumenta a sua ansiedade é a perspectiva de fazer uma boa apresentação e não decepcionar a torcida que estará em Interlagos.
Sobre suas expectativas para a corrida, Da Matta é realista. “O sonho de vitória não seria real.” Os planos do brasileiro são de conseguir uma vaga entre os oito primeiros na corrida e entre o 10.º e 12.º lugar do grid de largada. Ontem, o piloto esteve em Indaiatuba na inauguração da pista de testes da Toyota onde experimentou o novo modelo Corolla.