O Paraná Clube encerra amanhã, às 15h40, no Janguitão não apenas sua participação no Paranaense como também uma semana marcada pela incerteza. Ao mesmo tempo em que a reformulação do elenco caminha a passos largos, a diretoria deixou no ar a possibilidade de uma mudança radical na estrutura do seu departamento de futebol, com direito à troca no comando técnico.
Foi sob esse clima que o técnico Wagner Velloso tentou reunir um grupo capaz de encarar o J. Malucelli, sem ao menos saber se continuará no cargo ou não. O presidente Aurival Correia chegou a “bancar” a permanência do treinador, mas a pressão para a vinda de um profissional mais experiente é grande.
Para piorar, o treinador sequer sabia ao certo com quais jogadores poderia contar, já que Edu Silva, Hernani e Gedeon vivem processo de negociação para a rescisão de seus contratos. Menos mal que para o Paraná Clube, o jogo não vale absolutamente nada, a não ser o já batido chavão de “uma despedida honrosa” da competição.
No jogo de amanhã, com tantos problemas, Velloso deve fazer algumas improvisações. Com Fabinho vetado pelo departamento médico, por exemplo, deverá recorrer ao lateral-direito Thiago Araújo (ou até mesmo ao meia Éverton) para a a ala esquerda.
Situação que dará a Alex a chance de atuar pelo outro lado do campo, após uma temporada de poucas oportunidades com a camisa tricolor. No meio-de-campo, o garoto Vinícius está mantido.
A principal novidade fica por conta da volta do artilheiro Wellington Silva, após um mês afastado do time. Uma lesão seguida de uma virose impediram que o centroavante seguisse na luta pela artilharia do Paranaense.
Com oito gols, vê agora a chance recuperar o ritmo de jogo visando a largada da Série B. Até porque, sabe que no Brasileiro a disputa será muito mais acirrada. Alex Afonso e Bebeto já chegaram e o clube negocia a contratação de mais dois atacantes, que podem chegar já na próxima semana.
Velloso, com a mesma tranquilidade com que livrou o Paraná do rebaixamento no frágil Paranaense, disse que todo o zunzunzum em torno de sua saída não afetou seu trabalho.
“Acho que isso faz parte do futebol. Se não acontecer agora, pode acontecer mais à frente. Ou, até mesmo eu posso pedir pra sair. É algo que não mexe com a minha cabeça”, afirmou o técnico tricolor, que até aqui dirigiu a equipe em 12 jogos (5 vitórias, 3 empates e 4 derrotas). Para ele, o mais difícil, nesses últimos dias, foi encontrar uma equipe para colocar em campo, diante da necessária reformulação do elenco.