Prestes a alcançar a marca histórica de mil jogos com a camisa do São Paulo, Rogério Ceni não dá sinais de que pretende pendurar as chuteiras. Aos 38 anos, o experiente goleiro se diz ansioso para a partida contra o Atlético Mineiro, na quarta-feira, e avisa que, além de almejar o título brasileiro, sonha em disputar mais uma Libertadores, em 2012.
“Vou jogar até o dia que me sentir bem, com a cabeça boa para jogar. Quero jogar enquanto tiver ânimo de colocar a chuteira. O número que vai acabar não importa. O sétimo título brasileiro seria fechar com chave de ouro 2011. Voltar para a Libertadores é uma meta e ser campeão brasileiro também”, projeta.
A marca de mil jogos vai coroar uma trajetória de 21 anos do atleta no São Paulo. Neste período, o goleiro acumulou conquistas e a também histórica marca de 100 gols, registrada no Paulistão deste ano, diante do rival Corinthians.
“É uma marca importante. Assim como o centésimo gol é um número redondo. Pouca gente no futebol brasileiro conseguiu esta marca no mesmo clube. Impressiona até a mim mesmo. Por tudo que aconteceu. Treinos, concentrações, jogos… É algo diferente. Nem eu nos meus melhores dias imaginava”, avalia.
Para Rogério, apesar do destaque dado aos gols e à sequência de jogos, seu feito mais importante foi o Mundial de Clubes de 2005. “Teve o tricampeonato brasileiro, que foi algo inédito no país. Mas o que fica de especial ainda é a final do Mundial de 2005 contra o Liverpool. Uma representatividade grande, pois altera algo na camisa do clube”.
Diante de uma trajetória tão grande no mesmo clube, o goleiro reconhece a ansiedade para o jogo desta quarta, que deverá ser marcado por homenagens da diretoria e da torcida – o clube faz mistério sobre o assunto. “É uma coisa bacana. Nos tempos atuais, isso é muito difícil de acontecer. Nada melhor do que comemorar este dia com uma grande vitória. Mas o jogo em si é mais importante, apesar de você levar para a história um fato de grande relevância”.