Após a segunda goleada consecutiva sofrida pelo Brasil, a imprensa internacional apontou problemas estruturais e de identidade no futebol brasileiro. Para o espanhol El País, torcedores e jogadores foram vítimas das artimanhas do “populista” Felipão. Segundo o jornalista Ramon Besa, a seleção pentacampeã mostra um futebol “fora de moda”, em que até os zagueiros Thiago Silva e David Luiz pioram a cada dia. “O futebol do Brasil precisa ser repensado depois da ridícula família Scolari”, afirmou.
O italiano Corriere dello Sport viu na seleção “um amontoado de jogadores com fama, não um time”. Na opinião do jornalista Alberto Polverosi, o time de Felipão não foi o pior time, mas foi a única “não equipe” da competição. Isso porque até times eliminados bem antes, como Uruguai e Grécia, tinham uma identidade.
Na marcação, afirma Poverosi, todos os jogadores pareciam prestar atenção à bola, em vez de cuidar dos rivais. No ataque, o desempenho “parece hondurenho (ou mesmo italiano), mas certamente não brasileiro”. O jornal ainda questiona o que sobra do Brasil, fora Neymar.
Para o argentino Clarín, o Brasil terminou seu Mundial com outro pesadelo. O New York Times afirmou que qualquer esperança de o Brasil salvar sua própria festa “se evaporou aos 2 minutos” do jogo com a Holanda. Para o espanhol Marca, este Mundial nunca acabará para o Brasil. Será a Copa em que “o país não respeitou sua grandiosa história. O pesadelo será para toda a vida”.