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Jádson está atraindo atenção
do mercado europeu.

As últimas quatro partidas rumo ao bicampeonato brasileiro podem marcar a despedida do meia Jádson, do Atlético. Ontem à tarde, a imprensa portuguesa bombardeou os bastidores com a informação de que o Benfica, time da primeira divisão portuguesa, quer levar o craque atleticano.

Considerado a revelação do campeonato brasileiro pelo técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, o jogador está sendo considerado a sensação do Brasileirão também em Portugal.

Com contrato com o Atlético até dezembro de 2007, caso a negociação evolua após o término do Brasileirão, o Atlético receberá uma quantia considerável em seus cofres. E se o time confirmar o bicampeonato, as cifras podem ser ainda maiores. Vale lembrar que por ter sido revelado pelo PSTC, de Londrina, metade dos direitos federativos do atleta pertence ao rubro-negro e o restante ao PSTC.

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Questionado sobre a possível negociação, Jádson foi enfático ao afirmar que não está sabendo do interesse do clube português. "Não sei realmente de nada. Esses assuntos passam antes pela diretoria e por meu procurador", diz o jogador, que mostrou surpresa com a notícia. "De qualquer forma, não tenho que pensar nisso agora. Estou muito concentrado na busca pelo título brasileiro. Mas não há como esconder que jogar no exterior é o sonho de qualquer atleta."

Procurado pela imprensa portuguesa, Mário Iramina, do PSTC, disse desconhecer o interesse. Devido à parceria entre o clube revelador e o Atlético, toda e qualquer transação passa antes pelas mãos do presidente do Conselho Deliberativo do clube, Mário Celso Petraglia. O dirigente não foi localizado para falar sobre o assunto.

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Suspeitas

Coincidência ou não, o assessor do atacante Dagoberto, Marquinhos Malaquias, da Massa Esportes, está em Portugal. Mesmo sem vínculo algum ao meia, especula-se que Dago, talvez o jogador mais valorizado do clube, também possa estar interessando o futebol português. Os dois jogadores são, depois de Kléberson, o grande tesouro do clube. Por isso mesmo, quem quiser levá-los vai ter que abrir os cofres.

Mais um dia de tribunal ao clube

O Atlético vive hoje mais um dia D no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, no Rio de Janeiro. Indiciado na noite da última terça-feira, o clube mais uma vez corre o risco de perder de 1 a 3 mandos de jogos. Tudo em função da denúncia referente ao jogo que marcou o retorno do time à Arena, contra o Criciúma, há quinze dias. No final da segunda etapa, um copo vazio foi encontrado pelo goleiro Roberto, do Criciúma, e entregue ao árbitro Wagner Tardelli. O juiz citou o ocorrido na súmula, mas amenizou o fato, dizendo que não viu o objeto ser arremessado. Outro ponto a favor do Atlético é a classificação do comportamento do público como boa pelo árbitro.

Diferente do primeiro jogo, o time de advogados do Atlético seguiu confiante para o Rio de Janeiro – eles estão na Cidade Maravilhosa desde ontem. A confiança da turma está baseada na detenção dos supostos autores da malfeitoria, mesmo que o torcedor Sidney Alexandre Portugal continue negando o ato. "Fizemos a nossa parte. Temos o termo circunstanciado da Polícia Militar", diz o advogado co clube, Marcos Malucelli.

Arquivado

Ontem o Furacão obteve nova vitória no STJD. Como previsto, Zveiter optou por arquivar o processo envolvendo o nome do atacante Denis Marques. Após a análise dos documentos do departamento de registros, provando que o contrato dele com o Atlético está regularizado com base numa liminar da Justiça do Trabalho, os boatos de que o Atlético perderia até 60 pontos foi enterrado.

Campo grande pode ajudar time

Jogar no Colosso da Lagoa, considerado um dos maiores gramados do Sul do Brasil, pode ser uma arma a mais do Rubro-Negro para bater o Grêmio, domingo. Dono de um jogo veloz, que tem como ponto forte os contra-ataques, o Furacão vai se valer do espaço mais avantajado para agredir o adversário.

"Não há como negar que para o nosso estilo de jogo os gramados maiores são os melhores. Não é à toa que quando tivemos que jogar em campo neutro, a diretoria escolheu o Serra Dourada", diz o lateral-esquerdo Ivan. Como joga pela ala, um dos diferenciais ofensivos do esquema 3-5-2, o jogador acredita que o trabalho fique mais facilitado para as jogadas pelos flancos. "Tem mais espaço para sair nos contra-atques e o jogo fica mais aberto", diz Ivan.

O zagueiro Fabiano, que jogou uma vez no estádio, diz que, de fato, o gramado é um ponto a favor do time. "Vamos ter que correr mais, é lógico. Mas em compensação, teremos mais espaço pra trabalhar a bola", diz o capitão do time.

O único que não vê muita diferença entre campos grandes e pequenos é o "dono da área", Washington. "Costumo jogar mais concentrado na área e não sinto muita diferença. Também jogamos bem em campos menores, como em Campinas. Por isso, não importa onde: temos que manter o nosso estilo de jogo."

"Baboseira" arquivada

Rio – Os clubes paulistas foram ameaçados ontem pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Luiz Zveiter, que decidiu não abrir inquérito para apurar possíveis irregularidades do Atlético-PR na escalação do atacante Denis Marques. A denúncia envolvendo o atleta chegou ao tribunal por meio de Thomas Frederic Harrison, que se identificou como um empresário paulista.

"Achei estranho por que agora os laranjas estão se ramificando. Ele é empresário, mas pelo que mostrou é versado na ciência do Direito. Deve ter feito algum cursinho, pois usou argumentos jurídicos na carta que enviou para mim. De qualquer forma, estou arquivando essa baboseira." Zveiter disse que vai investigar se Harrison tem relação formal com algum clube de São Paulo. O presidente do STJD desconsiderou as denúncias de que o jogador do Atlético estaria sem condições legais de jogo, por ter supostamente um contrato ainda em vigor com um clube árabe – o Kwait Sports. "A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) me informou que o jogador tem plena condição de atuar e que ele está em poder de uma liminar concedida pela Justiça do Trabalho", disse Zveiter.

Chegou-a se cogitar perda de pontos do Atlético-PR, o líder do Campeonato Brasileiro, por causa da suposta irregularidade. Hipótese descartada por especialistas em direito esportivo, como a advogada Vera Otero. Ela explicou que nenhum clube entrou com recurso dentro do prazo permitido para a Procuradoria do STJD oferecer denúncia contra Dênis Marques. "Além do mais, a liminar que o atleta conseguiu o deixa em situação legal."

Malaquias

O presidente do STJD foi enfático ao rechaçar a possibilidade de incentivos extras para equipes que vão enfrentar os líderes do Brasileiro. Seria a ação conhecida no futebol como a do ?homem da mala preta? – em que clubes em condições de disputar o título, mas em desvantagem na tabela, ofereceriam uma premiação para outros times que vão enfrentar os favoritos à conquista. "Traga uma fita comprovando isso que o cara já sai daqui suspenso preventivamente", afirmou Zveiter.