Iguaçu e Portuguesa Londrinense prometem incomodar

O Campeonato Paranaense de 2007- que começa no próximo dia 30 de setembro – terá gosto de retorno. Dois clubes com história para contar e várias passagens pela 1.ª Divisão do Estado voltam a desafiar os grandes no ano que vem.

Fundado em 1971, o Iguaçu de União da Vitória participou da elite pela última vez em 1994, quando foi rebaixado. Andou oito anos afastado do profissionalismo até Odenir Borges, o mesmo presidente da última aventura na 1.ª Divisão, decidir retomar as atividades em 2006. ?A idéia era trazer de volta o futebol ao público, sem grande compromisso. Deu certo mais rápido que imaginávamos?, falou o dirigente, que se disse impressionado com a reação da cidade. ?A torcida abraçou a volta do Iguaçu, inclusive em Porto União. Sempre jogamos com ótimo público?, afirmou Odenir, referindo-se à cidade catarinense separada de União da Vitória apenas pelo Rio Iguaçu.

Para reforçar o elenco no Paranaense-07, o caçula pretende estreitar os laços com os grandes do Estado. ?Atletas não aproveitados pelos times da capital querem chance de aparecer e não exigem alto investimento?, disse.

Bate-volta

?Pode me chamar de rei do acesso?, brincou o presidente da Portuguesa Londrinense, Hélio Camargo. A Lusinha, que disputou seu primeiro estadual em 1959, subiu de divisão pela terceira vez em sete anos – as outras foram em 1999 e 2001, sob o comando do mesmo dirigente. Agora, o Camargo espera uma estada mais longa na elite. ?Vamos aproveitar jogadores do Estado, como os dos outros times que disputaram a Divisão de Acesso?, falou.

No estadual, o clube deve seguir utilizando o Café, meio a contragosto. ?No VGD público é bem maior, mas o Londrina sempre cria empecilhos para liberá-lo?, disse Camargo, alimentando as rusgas com o Tubarão, iniciadas pela tentativa de mudança de nome da Portuguesa. O LEC – Londrina Esporte Clube agiu nos bastidores para impedir a Lusinha de se chamar Grande Londrina – a mudança foi vetada no Tribunal de Justiça Desportiva e o recurso dever ser julgado semana que vem no Rio de Janeiro.

Desânimo

Enquanto uns comemoram, outros lamentam a chance perdida de voltar à elite. É o caso do Cascavel Clube Recreativo, que terminou o 1.º turno do quadrangular final na liderança, mas perdeu o rumo e acabou eliminado. No ano passado, o time também deixou a vaga escapar por pouco, derrotado no último mata-mata pelo Toledo. O presidente Sérgio dos Santos cogita até acabar com o profissionalismo. ?A cidade ajuda pouco, mas cobra resultado. Dois anos de frustrações trazem receio de começar outro trabalho. Vou decidir com meus filhos se compensa continuar?, falou, garantindo, porém, que vai manter as categorias de base.

Após a desclassificação, Santos atacou jogadores e treinador da equipe. ?Só uns dois ou três atletas se empenharam como deveriam. O Marcos Teixeira (experiente lateral-direito com passagem pelo Coritiba), por exemplo, não jogava nada de dia e de noite ia disputar campeonato de pelada. E o técnico (Nei Almeida) insistia em mantê-lo?, detonou. ?Mesmo que o clube subisse, iria reformular tudo.?

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