Alguns, já rodaram o exterior; outros, são velhos conhecidos no futebol paranaense. De uma forma ou de outra, tratam-se de jogadores que ficaram marcados pela identificação que têm com seus clubes para a disputa do Campeonato Paranaense 2012. Seja por uma campanha expressiva, pela permanência com a mesma camisa desde as categorias de base ou pelo retorno à cidade que os acolheu, o importante é que são ídolos.
Um exemplo é o volante Márcio, que vai para sua sexta temporada defendendo a camisa do Paranavaí. Em 2007, ele foi o responsável por erguer a inédita taça de campeão paranaense, após vitória sobre o Paraná Clube. “Até hoje as pessoas gritam na rua: olha lá o capitão do título. A sensação é a melhor possível”, conta o jogador.
Nascido em Apucarana, mas criado em Telêmaco Borba, Márcio se tornou praticamente um “cidadão honorário” de Paranavaí, cidade que o acolheu em 2003, quando o Vermelhinho foi vice-campeão paranaense. “Casei aqui em 2005. Tenho uma filha de um ano e dez meses aqui na cidade. O pessoal me adora e só tenho a agradecer”, conta, com o voto de confiança do diretor de futebol do ACP, Lourival Furquin. “Marcou história no clube nos últimos anos”.
Outro veterano que no Estadual 2012 vai vestir a camisa do clube que o projetou é o meio-campo Silvinho, do Londrina. Criado nas categorias de base do Tubarão, o jogador já passou por Guarani de Campinas, Atlético, Internacional e futebol japonês. Voltou em 2011, liderando o time que conquistou a Divisão de Acesso do Paranaense. “Ele tinha um compromisso [com a torcida] já que começou no juvenil do clube, e ficou muito feliz em ter ajudado a subir”, avalia o presidente do LEC, Cláudio Canutto.
Em Paranaguá, o meio-campo Baiano, que também teve passagens por Grécia e Polônia, permanece vestindo a camisa do Rio Branco. Os atacantes Ratinho e Negreiros, outros velhos conhecidos da torcida parnanguara, não vão defender o clube em 2012. “É preciso criar novos ídolos. Por isso, apostamos em um elenco com caras novas”, explica o diretor de futebol do Leão da Estradinha, Allan Aal.
O trabalho de criar seus próprios ídolos também tem sido realizado pelo Roma Apucarana, com dois jogadores que estão desde 2007 no clube. Spada começou ainda como terceiro goleiro do time que disputou a Série C do Brasileiro naquele ano, ganhando posteriormente o status de paredão do Bom Jesus da Lapa. Já o atacante Fábio foi artilheiro do clube de Apucarana na conquista da Divisão de Acesso do Paranaense 2010. “São jogadores da base”, comemora o presidente da agremiação, Sergio Kowalski.