Chegou ao fim nesta quarta-feira a carreira do maior ídolo recente do Palmeiras. O goleiro Marcos, herói do titulo da Copa Libertadores de 1999 e jogador mais identificado com a torcida nos últimos anos, decidiu se aposentar. A notícia foi dada por César Sampaio, que foi seu companheiro de equipe na conquista da América e que agora é diretor de futebol do clube.

continua após a publicidade

“Ele acha que chegou o momento de parar. Ele é meu contemporâneo, vamos dar todo o apoio. Dizem que jogador de futebol morre duas vezes, ele morreu a primeira e vamos ajudar”, disse Sampaio.

Nascido em Oriente, no interior de São Paulo, e revelado pela Lençoense, de Lençóis Paulistas, o goleiro encerra sua carreira aos 38 anos sem nunca ter defendido como profissional a camisa de nenhum outro clube que senão a do Palmeiras. Ele chegou ao clube alviverde em 1992, aos 18 anos, quando fez sua estreia em um amistoso contra a Esportiva de Guaratinguetá.

Depois deste jogo, ele só voltou a atuar em 1996, quatro anos depois. Dali até se tornar titular foram mais três temporadas. Tão logo assumiu a titularidade, em 1999, foi o herói do título da Libertadores, principalmente pelas atuações memoráveis contra o Corinthians, nas quartas de final do torneio. Foi ali que recebeu o apelido de São Marcos.

continua após a publicidade

No ano seguinte, novamente na Libertadores e mais uma vez contra o Corinthians, viria a sua grande consagração. Mais uma vez ele fechou o gol, desta vez pelas semifinais. A vaga na final veio depois que Marcos pegou a cobrança de pênalti do maior ídolo adversário, o meia Marcelinho Carioca.

Em 2002, Marcos foi titular do Brasil na conquista da Copa do Mundo, no Japão e na Coreia, tendo sido eleito o terceiro melhor goleiro do torneio. Após o título, porém, veio o pior momento de sua carreira, com o rebaixamento do Palmeiras para a Série B. Mesmo com proposta do Arsenal, ele preferiu seguir no Palestra Itália e jogar a segunda divisão.

continua após a publicidade

A partir de 2007, porém, o goleiro passou a sofrer com lesões constantes, que o fizeram chegar a ficar 11 meses afastado dos gramados. Mesmo assim continuou sendo herói, como nas oitavas de final da Libertadores de 2009, contra o Sport, quando defendeu três pênaltis e teve mais uma atuação histórica.

No ano passado, porém, o goleiro começou a não suportar mais as dores crônicas no joelho. Ele participou de 19 jogos do Campeonato Brasileiro, mas não conseguiu mais entrar em campo após o jogo contra o Avaí, no dia 18 de setembro, empate em 1 a 1 que acabou sendo sua despedida dos gramados.