Ídolo do Colorado e do Pinheiros nas décadas de 70 e 80, o ex-jogador Marinho, com 63 anos, está passando por grandes dificuldades. Com suspeita de câncer e internado na UTI do Hospital São Lucas, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), Marinho tem passado por sérios problemas financeiros, com dificuldades, inclusive, para se alimentar e manter o aluguel da sua residência no bairro Boqueirão, em Curitiba.

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Companheiro de time e amigo pessoal de Marinho, o ex-lateral-direito Chiquito, que também mora em Curitiba e trabalha como empresário de jogadores, tem sido importante na tentativa de recuperação do ídolo do Colorado e do Pinheiros. Sem receber apoio de outros ex-atletas e do Sindicato dos jogadores de Futebol do Estado, Chiquito luta incessantemente para dar melhores condições ao amigo e à sua esposa.

“Ele está passando por todas as dificuldades que se possa imaginar, tanto financeiramente e agora está doente. Todos os amigos o abandonaram. Falei com ex-jogadores, mas ninguém dá nenhum apoio. O sindicato também não dá apoio nenhum aos ex-atletas e tem vários na mesma situação do Marinho. Aconteceu com o Washington e está acontecendo agora”, lamentou Chiquito.

O ex-jogador, apesar de admitir dos erros cometidos por Marinho quando pendurou as chuteiras, acredita que seu amigo merecia viver agora com melhores condições de vida. “Eu nunca o abandonei. Ele bebia e fumava muito, mas não podemos recriminar. É nessa hora que se vê quem tem amigo, quem tem um parceiro. Não sou o salvador da pátria, mas quem viu o Marinho jogar, sabe da importância dele para o futebol paranaense”, acrescentou Chiquito.

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A ajuda de Chiquito e de outros poucos ex-jogadores que ainda moram na capital paranaense é, segundo ele, pouca perto do que Marinho precisa. “Com outros ex-jogadores, vamos conseguindo cestas básicas e levamos até a casa dele. Isso antes dele ser internado. Já falei com o Aladim, Zé Domingos e toda essa turma ligada ao futebol em Curitiba, mas ninguém faz nada. Tenho o Marinho como um irmão e sempre procuro ajudar da melhor forma. Precisamos da união de todos”, arrematou Chiquito. Quem quiser ajudar, o contato de Chiquito é 9972-1931.

Sindicato

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A reportagem do Paraná Online entrou em contato com o Sindicato dos Jogadores de Futebol do Paraná e, seu presidente, o ex-jogador Nivaldo Carneiro, disse ter conhecimento das dificuldades enfrentadas pelo ex-jogador Marinho, mas que o sindicato não tem o cunho de assistencialismo a ex-atletas de futebol. De acordo com Carneiro, o estado do Paraná não conta ainda com a Associação de Garantia dos Ex-Atletas Amadores e Profissionais de Futebol (AGAAP) e seria esta instituição a responsável por dar assistência a ex-jogadores que estejam passando dificuldades.

A Federação das Associações de Atletas Profissionais (FAAP), que recebe 1% de todas as rendas de jogos do Brasil, poderia destinar esta verba para ajudar na assistência de ex-jogadores que passam por dificuldades financeiras, mas isso, segundo Carneiro, ainda não acontece. “Tenho conhecimento da situação do Marinho. Tenho uma admiração grande por ele e particularmente poderia ajudar, mas foge do objetivo do sindicato”, explicou Carneiro.