A Rússia está fora pela segunda vez consecutiva do Mundial de Atletismo. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês), quatro dias antes do início da competição a ser disputada em Doha, no Catar, e que vai até o dia 6 de outubro. “O conselho respaldou a recomendação do grupo de trabalho para que a Rússia siga suspensa”, disse o presidente da entidade, o inglês Sebastian Coe, após uma reunião em Doha.

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A IAAF recebeu um relatório do grupo de trabalho que supervisiona os esforços de reincorporação russa após o escândalo de doping que envolveu, entre outros, o Laboratório Antidoping Russo, em Moscou, entre os anos de 2011 e 2015, e decidiu estender a suspensão já aplicada anteriormente.

Alguns atletas deverão ter autorização para participar da competição, mas como “neutros”, ao invés de representarem seu país. Dos 13 atletas russos que ficam excluídos com esta medida, o principal destaque vai para Anna Chicherova, campeã olímpica do salto em altura nos Jogos de Londres-2012.

Já Serguey Shubenkov, campeão mundial dos 110 metros com barreiras, será autorizado a competir a partir desta sexta-feira. No total, 29 atletas deverão estar em ação, 10 a mais que em 2017, quando o Mundial foi realizado em Londres.

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A Rússia está excluída pela IAAF de todas as competições desde novembro de 2015 por causa de revelações de um sistema de dopagem institucional que provocou grande repercussão no esporte mundial. Os dirigentes russos têm um prazo de três semanas para se defender. Em caso contrário, o país corre o risco de não competir nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, no ano que vem.