O atletismo do Quênia não será impedido de participar dos Jogos Olímpicos do Rio, apesar das sérias dúvidas sobre o programa antidoping do país, garantiu nesta sexta-feira a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês).

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A IAAF afirmou em um comunicado enviado à agência de notícias The Associated Press (AP) que o Quênia permanecerá até o fim do ano em uma “lista de observação” de países com problemas de doping. No entanto, apesar da decisão da Agência Mundial Antidoping (Wada) de declarar que a agência queniana não está em conformidade com as suas regras, os atletas do país africano poderão competir até o final de 2016.

“Durante o processo de monitoramento os atletas quenianos poderão competir nacional e internacionalmente”, disse a IAAF. Isso significa que os quenianos estarão nas provas de atletismo nos Jogos do Rio, em agosto, a menos que o Comitê Olímpico Internacional (COI), que tem a última palavra, diga o contrário. Essa possibilidade é considerada improvável.

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A agência antidoping de um país “pode não estar em cumprimento por várias razões, atualmente existem várias outras nesta situação. Isso não significa que os atletas não podem participar dos Jogos Olímpicos”, disse o COI em comunicado enviado à AP.

A situação do Quênia será discutida na próxima reunião do conselho do COI no próximo mês, em Lausanne, acrescentou a entidade.

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Embora o Quênia tenha a luz verde para competir no Rio, há grandes problemas com o seu programa antidoping. Desde a Olimpíada de 2012 em Londres, 40 competidores quenianos do atletismo foram suspensos por doping, uma média de quase um por mês, e quatro importantes dirigentes são investigados pela IAAF por suspeitas de que violaram o processo antidoping. Um desses funcionários é membro do conselho da IAAF, e outro é um ex-membro.

A decisão da Wada de suspender o programa antidoping do Quênia “é outro reflexo das preocupações da IAAF sobre o nível de compromisso na luta contra o doping do Quênia como nação”, declarou a entidade máxima do atletismo. O país poderá enfrentar punições mais graves da federação no final do ano se o seu programa antidoping seguir com problemas.

Sob o temor de ficar fora dos Jogos Olímpicos, as autoridades quenianas agiram para corrigir problemas, mas a Wada considerou inadequadas partes da sua nova lei antidoping, levando o país ser classificado comp em não conformidade na última quinta-feira. “Assim que o parlamento revisar essas novas seções da legislação, estaremos em cumprimento”, prometeu o ministro do Esportes do Quênia, Hassan Wario.