Humilhado pela Ponte, Paraná deve ter mudança

“Cara, cadê meu time?” A pergunta atormenta a sofrida torcida do Paraná Clube, que rodada a rodada começa a sentir os mesmos calafrios do ano passado. Com um futebol ridículo, o Tricolor foi humilhado pela instável Ponte Preta.

O placar de 4×0, na Vila Belmiro, pôs fim ao jejum de nove jogos sem vitória do time paulista e colocou o representante paranaense na condição de pior equipe do returno do Brasileirão.

Jogando em campo neutro e sem nenhuma pressão, o time de Edu Marangon foi caricato e a goleada teve sabor de despedida. O Paraná deverá iniciar a semana com o seu quinto treinador neste campeonato brasileiro. Os paranistas pagam um alto preço pelas sucessivas experiências de sua diretoria, que abusam de “invenções” e põem a perder o bom trabalho desenvolvido no início da competição.

Sabendo antecipadamente da fragilidade defensiva do Paraná, Abel Braga partiu para cima, com três atacantes. Mas, o primeiro gol só saiu no momento em que o Paraná esboçava equilíbrio. Braz cometeu pênalti em Jean e Fabrício Carvalho cobrou com precisão, aos 25 minutos. Aí, Edu tentou mudar tudo, “queimando” Fábio Braz e voltando ao 4-4-2, com Vandinho.

No fim, Flávio saiu lesionado e pouco depois Darci não conseguiu evitar o gol de Adrianinho, aos 45 minutos. As “duras” do técnico paranista de nada adiantaram. O time “desandou” de vez na fase final e a goleada se confirmou com os gols de Fabrício Carvalho e Jean. Edu Marangon deixou o estádio sem falar com a imprensa. O presidente Enio Ribeiro preferiu não confirmar a demissão, afirmando que o assunto será tratado hoje, em reunião de diretoria. Antecipou apenas que mudanças ocorrerão.