Em sua primeira competição internacional depois de cumprir suspensão por doping, Hugo Parisi quebrou o seu recorde pessoal nos saltos ornamentais ao somar 489,95 pontos na plataforma 10 metros e conquistou a medalha de ouro nos Jogos Sul-Americanos. A motivação para se superar veio justamente do difícil momento que teve de enfrentar em 2013.

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O atleta ficou afastado das piscinas por três meses no ano passado por conta do uso de prednisolona, pertencente ao grupo de anti-inflamatórios esteroides. De acordo com Hugo, a substância estava presente em um remédio para garganta que tomou e nunca teve a intenção de melhorar o seu desempenho dessa forma. Ele enfatiza que a modalidade depende apenas de “pura habilidade e treinamento”.

Exausto pelo trabalho excessivamente repetitivo, o atleta tinha planejado encerrar a carreira profissional pouco depois do ciclo olímpico de Londres e pensava em se mudar para os Estados Unidos, onde faria uma pós-graduação e saltaria em troca de uma bolsa. O ocorrido acabou mudando os seus planos de vida, já que não queria deixar o esporte com uma imagem tão negativa.

“Não tinha inspiração para continuar, estava muito cansado. Esse incidente veio em uma boa hora, acabou unindo eu e meu técnico (Ricardo Moreira). Minha carreira não podia acabar desse jeito. Recuperei o gás de novo e hoje minha cabeça está 2016”, afirma.

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Em Brasília, treina com o foco nos Jogos Olímpicos do Rio. Mas ainda tem muitas competições pela frente até conseguir garantir a classificação e os próximos desafios de Hugo são as etapas do Canadá e de Porto Rico da Copa do Mundo, onde espera brigar por um lugar entre os finalistas. Aos 29 anos, sente que precisa compensar a vitalidade dos mais jovens. “Os saltadores que subiram comigo na temporada são muito bons. Todo mundo é um pouco mais novo do que eu e, para ganhar deles, preciso usar a experiência que tenho.”

Ele tenta aplicar toda a sua técnica em uma série próxima do máximo grau de dificuldade. Para chegar ao limite, teria de incorporar mais dois saltos ao seu repertório. Um deles o atleta descarta de prontidão por ser muito difícil e o outro tem executado durante os treinamentos e trabalha para aperfeiçoá-lo.”Só vale a pena colocar se o salto estiver bom. Enquanto não é garantido, é melhor fazer um mais fácil e ganhar mais pontuação”, explica.

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Além da medalha de ouro de Hugo Parisi nos Jogos Sul-Americanos, em Santiago, o Brasil também subiu ao lugar mais alto do pódio com César Castro no trampolim 3 metros. Entre as mulheres, Juliana Veloso e Milena Sae ficaram em quarto e quinto, respectivamente.