O elenco do São Paulo passou o domingo de folga e se reapresentou nesta segunda-feira no CT da Barra Funda surpreso com os rumos políticos do clube. O presidente Carlos Miguel Aidar deve renunciar na noite de terça-feira e apesar de o elenco tentar não ser afetado pela decisão, os jogadores admitem que a notícia da mudança de rumos é inesperada.
“Fico um pouco surpreso, pela situação, mas procuro não ver os detalhes. Fico por fora”, comentou o volante Hudson, que tem treinado entre os titulares. “Sinceramente, eu não me vejo em uma posição de falar que o São Paulo tem que fazer de mudança na diretoria. Claro que a gente fica sabendo das coisas que estão acontecendo e a gente comenta, mas nosso foco é entrar em campo buscar a vitória”, completou.
O técnico Doriva disse na última semana que tentaria blindar o elenco para que a crise política não atrapalhasse o rendimento dentro de campo. Com a diretoria desfeita e o presidente prestes a renunciar, o departamento de futebol tem como único dirigente o gerente de futebol José Eduardo Chimello, escolhido por Aidar para o cargo.
Segundo Hudson, a situação de desfalque na cúpula ainda não causou problemas. “Ainda não tivemos problemas que precisassem de recorrer a alguém da diretoria. O presidente está em exercício e se tivesse alguma situação, seria ele mesmo ou o Chimello que resolveriam”.
A mudança no comando do clube coincide com a estreia de Doriva no cargo. Na quarta-feira o ex-técnico da Ponte Preta inicia oficialmente a gestão no comando da equipe e os jogadores entendem que um bom resultado será útil para amenizar a crise política. “A gente fica na torcida para que as coisas possam se resolver da melhor maneira possível e rápida, para que o foco seja no campo. O São Paulo vive de futebol”, comentou.
O próximo jogo da equipe será contra o Fluminense, no Maracanã, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. O São Paulo é o quinto colocado no torneio com 46 pontos.