Honda encerra atividades na F1

Agora é oficial. Takeo Fukui, presidente da Honda, confirmou no início da tarde de ontem no Japão – pouco depois das 2h30 no Brasil – que a montadora nipônica está deixando a Fórmula 1. Segundo o empresário, a crise econômica mundial obrigou a companhia a abandonar a categoria.

“A Honda chegou à conclusão de que devemos deixar todas as atividades envolvendo a F1, fazendo de 2008 nosso último ano como competidores. Esta difícil decisão foi tomada devido à rápida deterioração dos nossos negócios, causada pela crise financeira global, e motivada pelo problema econômico acentuado que os EUA enfrentam”, destacou o dirigente, bastante emocionado.

Segundo Fukui, “a empresa precisa garantir a continuação de seu foco principal” – a construção e venda de automóveis. “A recuperação esperada deve levar algum tempo e, enquanto isso, a Honda decidiu tomar medidas que sirvam para contra-atacar a crise. Entre elas, para manter nossos recursos, está o final da nossa participação na F1”.

O empresário também confirmou que os dois braços da montadora responsáveis pela operação na principal categoria do automobilismo mundial – a Honda Racing F1 Team e a Honda Racing Development (parte ligada à construção dos motores) – serão oferecidos para que interessados em adquirir uma equipe levem o projeto adiante.

“Vamos consultar nossos associados nas duas frentes para tratar do futuro de ambas. E isso vai incluir ofertas por vendas”, disse Fukui. Segundo fontes do time nipônico, Ross Brawn e Nick Fry foram informados de que terão ajuda da montadora até março, tendo três meses para encontrar um comprador antes de ver a fábrica de Brackley fechar as portas. Existem interessados em adquirir a estrutura, e Brawn já iniciou conversas com a Ferrari para fornecimento de motores.

Fukui concluiu o anúncio revelando que “foi difícil” tomar a decisão. “A Honda tem participado da F1 em uma “terceira era”, iniciada em 2000 com a associação com a BAR. Depois, ficamos com 100% do controle da equipe em 2006. Ultrapassamos grandes dificuldades e conseguimos uma vitória no mesmo ano, recebendo o apoio dos nossos fãs ao redor do mundo.”

“Por isso, foi extremamente difícil tomar esta decisão, mas aprendemos que, durante os tempos de crise, temos de fazer as escolhas por novos desafios. Mas queremos agradecer aos fãs e a todos que ajudaram a Honda no seu período na F1”, finalizou o presidente da empresa.

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