Parecia que o Barcelona tinha conquistado um título. A festa, porém, era pelas 13 taças que o técnico Pep Guardiola conquistou em apenas quatro temporadas à frente da equipe catalã. A maior delas não entra na conta: o respeito e admiração de uma das mais fanáticas torcidas do mundo.
Neste sábado, na sua despedida do Camp Nou, uma série de homenagens, de todos os tipos, vindas das arquibancadas. No campo, quatro gols de Messi na goleada por 4 a 0 sobre o Espanyol, na penúltima rodada do Campeonato Espanhol.
Ao chegar no Camp Nou, o torcedor encontrava duas grandes lousas, nas quais os fãs podiam deixar mensagens de carinho ao treinador mais importante da história do Barcelona – ambas, lotadas, precisaram ser renovadas. Nas cadeiras, uma bandeirinha para cada torcedor com a inscrição “gràcies Pep” (“obrigado, Pep”, em catalão).
Mas nem precisava a direção do clube ter preparado tamanha festa. Os torcedores também homenagearam o treinador de forma espontânea, levando milhares de faixas, bandeira, cachecóis, camisetas e cartazes. Um bandeirão gigante também foi usado no último jogo do treinador no Camp Nou – ele vai deixar o clube ao fim da temporada.
Depois do apito final, Guardiola foi ao centro do gramado, assistiu a um vídeo em sua homenagem e foi carregado pelos jogadores. Diante de tamanhas homenagens e ovacionado de pé por quase 90 mil pessoas, não aguentou e caiu no choro. Disse que era apenas um “até logo”.
“A vida me deu este presente, de desfrutar destes garotos por estes anos. Vocês não sabem a estima que levo para casa por ser tão querido neste tempo. Obrigado a todos (se dirigindo à torcida), porque temos lutado todos os dias para que vocês passem por bons momentos assistindo-nos a jogar futebol. Deixo vocês com os melhores jogadores. Os desejo o melhor, isso ficará para sempre em mim e vocês não me perderão nunca”, discursou o treinador.
Para o presidente do Barcelona Sandro Rosell, a despedida de Guardiola mostra uma nova face do seu clube, que faz do Barça admirado no mundo inteiro. “Estamos numa etapa na qual o Barcelona aprendeu a ganhar e a perder e a também homenagear seus ídolos. É importante que nossos mitos possam sair pela porta da frente. Amadurecemos como clube e como torcida.”