Após ficar 16 dias internado, o estoquista Fabrício Chaves, de 22 anos, que foi baleado durante o protesto intitulado “Não Vai ter Copa”, realizado no dia 25 de janeiro, em São Paulo, teve alta no fim da tarde desta segunda-feira, da Santa Casa de São Paulo, de acordo com informações da assessoria de imprensa do hospital. Ele chegou a ficar cinco dias em estado grave na UTI.

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De acordo com a versão da polícia, o estoquista teria ameaçado PMs com um estilete e, por isso, os policiais reagiram. Entretanto, ainda na UTI, Chaves prestou depoimento no qual disse que só sacou o estilete após ter sido atingido por um tiro. A versão foi reafirmada em um outro depoimento concedido, também no hospital, para a Corregedoria da Polícia Militar.

O caso está sendo investigado pelo 4.º DP (Consolação) e pela Corregedoria, que apura se houve ou não excessos por parte da PM no episódio. Ao menos seis pessoas já foram ouvidas. Segundo a versão dos PMs envolvidos, Fabrício teria tentado golpear dois policiais com um canivete ao tentar fugir da abordagem dos mesmos e foi baleado pelos dois agentes que sofreram a tentativa de golpe. De acordo com o hospital, a vítima foi atingida por dois tiros, um no tórax e outro na genitália.

No dia em que Fabrício foi baleado ocorreram protestos anti-Copa em várias capitais do Brasil, sendo que a PM chegou a confirmar que, naquele 25 de janeiro, 128 pessoas foram detidas na capital paulista por conta dos atos de vandalismo e depredação durante as manifestações.

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