Categoria individual que mais deu medalhas olímpicas ao País, o judô brasileiro anunciou nesta quarta-feira sua seleção para os Jogos Olímpicos do Rio-2016. O time feminino é exatamente o mesmo que esteve em Londres-2012, enquanto que no masculino a equipe vai com quatro “novatos” em Olimpíada. Para definir a seleção, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) se baseou no ranking mundial – à exceção de Felipe Kitadai, que terminou 21 pontos atrás de Erik Takabatake, mas mesmo assim foi o escolhido.
Na tarde desta quarta, o Gestor de Alto Rendimento da CBJ, Ney Wilson, explicou a escolha. “O ponto principal é o ranking, mas houve uma disputa bastante acirrada. Na categoria até 60 kg a diferença era de apenas 21 pontos. Poderíamos considerar isso um empate técnico, porque uma participação em campeonato mundial vale 25 pontos”, afirmou.
“A gente pegou números, estatísticas, e fizemos uma interpretação, uma análise desses dados”, explicou Wilson. “O Takabatake veio de 18 oportunidades de competição, contra 15 do Kitadai. Outro dado foram os confrontos com os 15 melhores do ranking. Nesses confrontos, o aproveitamento do Kitadai foi de 38%, contra 29% do Erik Takabatake. São dados bastante relevantes.”
Diferentemente de outras oportunidades, desta vez a CBJ não estabeleceu meta de medalhas para os Jogos – ao menos publicamente. “Conversando com os atletas, eles se sentem demasiadamente pressionados sobre quantidade ou qualidade das medalhas. A nossa meta é evoluir”, disse Ney Wilson.
O desempenho da equipe feminina é envolto em grande expectativa, em função dos resultados do último ciclo olímpico. Entre os homens, paira certa desconfiança, mas a CBJ aposta em bons resultados. “A equipe masculina precisa ganhar casca, precisa ficar amadurecida, e tenho bastante convicção de que eles vão chegar nos Jogos Olímpicos bastante bem preparados”, sustentou Wilson.
